"E O CABEÇA-DE-VENTO LEVOU" v1.1 por Jerry D. Withers (tcc Furrball T. Cat) (jwithers@tcfn.org) No que concerne os típicos dias ensolarados de Acme City, este em particular não era um deles. Algumas nuvens cinzas estavam no horizonte; mas os estudantes da Acme Looniversity não estavam dando atenção à isto. Eles estavam com outras coisas em sua mentes. Como conseguirem passar pelo seu Terceiro ano inteiros, por exemplo. Conseguirem terminar a classe "Wild Takes 101", como outro exemplo. Eles sabiam que se falhassem nesta classe, eles podiam muito bem acabarem trabalhando para a produtora DiC. Ou pior ainda... para a Filmation! - Hoje classe, nós vamos repassar aquilo que muitos consideram os conceitos mais importantes de ser um desenho animado, - Professor Pernalonga começou. Ele não pode ir muito longe sem já ser rudemente interrompido. - É, os resíduos! - Valentino Trocatapa zombou. A classe não conseguiu de evitar dar risada daquilo. Pernalonga se aproximou dele. - Cê sabe Valentino, essa foi muito boa. Se essa fosse a classe de "Tiradas de Efeito", eu lhe daria um A+! - Sério? - Sério... MAS ESTA NÃO É! - Pernalonga afirmou, - Então fique quieto aí! - Valentino sentiu a si mesmo diminuindo para um tamanho bem pequenino. - Sim senhor... - ele respondeu em uma voz três-oitavas mais alta do que o normal. Com algum resquicio de ordem recuperada, Pernalonga continuou, caminhando para a frente de uma sinistra máquina de cor preta que poderia muito bem ter saído de algum antigo filme de ficção-científica, e com o escudo da WB na frente. A classe a reconheceu imediatamente. O Medidor de Wild Take Acme. - Eu estava me referindo a aperfeiçoarem seus wild-takes, - ele disse. Plucky resmungou, lembrando-se dos problemas em que ele se enfiou da última vez que tentou algo do tipo -- a infame "Catástrofe Córnea de Camplett", quando ele se tornou um globo ocular gigante do qual não conseguia sair! - Aqui vamos nós de novo, - ele pensou, já esperando o pior. Ele ainda não fazia idéia de quão certo ele está, quando uma leve lufada de ventou levou uma folha a bater com tanta força na janela da classe que a folha pensou, "oh, minha cabeça..." antes de cair ao chão novamente. Pernalonga continuou a falar. - Se vocês não ficarem mestres nisso, vocês podem muito bem irem procurar trabalho na DiC... ou pior, na Filmation! - ele riu. Então, procurando um estudante para começar, ele disse, - Valentino, já que você quer ser o centro das atenções hoje, porque você não nos dá uma demonstração do "Avery Ah-OOO-Gah"? Valentino avançou para esta chance. Afinal de contas, o "Avery" era uma de suas especialidades. Deus sabe como ele já havia praticado isso _muitas_ vezes mesmo. E ainda que qualquer coisa podia ser dito desse fuinha, todos concordavam que Valentino realmente havia colocado isso como estado de arte. Tomando seu lugar próximo à maquina, ele afirmou, - Fiquem de lado, plebe; cês ainda não viram nada! Lilica estava furiosa. - Ora, esse pequeno convencido... Perninha deu um jeito de contê-la. - Calma, Liliquinha, - ele riu. Com isto, Pernalonga ativou a máquina. Sem aviso, uma pequena sombra quadrada apareceu aonde Valentino estava em pé... e ficou maior... e maior... e MAIOR... e quando Valentino olhou para cima, ele percebeu que estava no caminho direto de uma Pirâmide Egípicia caindo... e que estava vindo com a ponta para baixo! Os olhos de Valentino pularam para fora de seus orifícios e expandiram-se para o dobro de seu tamanho, enquanto um alto som de alarme emanou de sua boca aberta! Pernalonga pressionou outro botão, e a pirâmide desapareceu tão rapidamente como havia aparecido. - Ufa! Graças a Deus _aquilo_ se foi, - Valentino disse recuperando o fôlego. Mas seja lá porque razão fosse, Pernalonga ainda não havia terminado com ele. "Isso é o que cê pensa!" ele pensou enquanto ele pressionava outro botão. Repentinamente um elefante surgiu acima de Valentino. Desnecessário dizer que AMBOS estavam surpresos! - Mamãe... - foi tudo que Valentino conseguiu murmurar antes de o perplexo paquiderme cair em cima dele e atravessar o assoalho! Valentino saiu do recém-furado buraco no chão e fracamente murmurou, - Alguém anotou a placa daquele CAMINHÃO? - antes de desmaiar. Pernalonga sorriu para a classe. - Eu não sou mesmo um sujo? - e eles não podiam deixar de concordar com isso. - Me diga Pernalonga, - Maria Melodia perguntou, - o que acontece com o elefante? Ele apenas desapareceu como a pirâmide? - Nah, - ele respondeu conspiratoriamente. - Eu o mandei para o set do "John Larroquette". - Eu _sabia_ que ele me era familiar! - Maria riu. Pernalonga continuou. - E falando em odores... sem querer ofender, Fifi, porque você não nos mostra em quê vem trabalhando? - a bonita gambázette sorriu, aproximou-se da máquina e se dirigiu à classe. - Merci, Professor Pernalonga, - ela disse. - Bem, já que o Valentino já fez o "Ah-OOO-Gah de Avery", non vejo razon de repetir isto; enton, eu lhes trago... pausa para, como vous dizem, efeito drrramático... - ela sorriu, - "Le Catástrofe Córnea de Clamppet"! E mais rápido do que você possa diser "Patrick Brion", Fifi imediatamente se transformou em um gigantesco globo ocular violeta. Frajuto deu uma olhada, gritou e se escondeu debaixo de sua carteira, olhando apenas por cima de tal maneira que só seus olhos eram visíveis, e um fraco "Meow?" em resposta. - Isso foi muito bom, Fifi, - Pernalonga disse, adicionando logo em seguida, - Sem mencionar totalmente enauseador! Você se importaria...? - Oh, pardon, - ela riu, e rapidamente voltou para sua familiar forma, trazendo à classe em aplausos. O único que não estava aplaudindo era é claro, Plucky. - Ah, claro, - ele resmungou. - Ela consegue sair daquilo fácil desse jeito... Perninha se inclinou. - Ela se manteve calma, cara. Foi por isso que você não conseguiu sair daquela encrenca, não lembra? - É, é, não precisa me lembrar... - Fifi retomou seu lugar, mas não pode resistir à provocar um pouco Plucky. - Você viu, Monsier Plucky? É trés fácil quando ze sabe _como_... Lilica se inclinou para falar com ela. - Er, Fifi, você têm certeza que quer fazer isso? Fifi sorriu. - Fazer o quê, Lilica? - Você sabe muito bem o quê, - Plucky respondeu. - Eu poderia ter feito aquilo tão rápido quanto, sabe... - CLARO que vous poderrria, - Fifi disse. - Poderia sim! - E o que o faz penzar isso? - Oh, nada... é que todos sabem que garotos são MUITO melhores do que garotas em wild-takes! - Fifi parou de sorrir... e começou a encarar Plucky. - C'est O QUÊ??? - ela gritou com força. O resto da classe murmuraram um baixo "oh-oh"! Plucky havia pressionado o botão errado. Se havia alguma coisa que todos sabiam, é que você nunca deveria fazer um cometário sexista como aquele para Fifi La Fume! Infelizmente, tal conhecimento nunca foi absorvido pelo crânio de Plucky. - Você me escutou bem! Fifi estava doida. - Monsieur, como Presidente e Fundadora da "Mulheres contra Porcos Chauviniztas", você ofendeu minha honra, e a honra de mulheres em todo lugar! - Ah, é, La Fume? Bem, você ofende os narizes de TODO MUNDO, em todo lugar! - Agora Fifi estava realmente louca. - ZA BASTA! - Pernalonga rapidamente tentou recuperar a ordem (ou o que possa ser considerado como tal na Looniversidade). - Er, olhem, garotos, talvez vocês preferissem ter essa discussão outra hora; digamos, daqui a uns 50 anos? - Para a sua surpresa e de todo mundo, ambos viraram para ele. - AH, CALA A BOCA!! - Eles gritaram. A classe fez um forte, único "GLUP!" Essa foi a pior quebra de etiqueta por estudantes que alguém podia lembrar-se. Ninguém, mas NINGUÉM, _NUNCA_ diz para Pernalonga para "CALAR A BOCA!!" -- Não se eles esperam se graduar, claro--com OU sem honras! Surpreendentemente, Pernalonga levou a coisa na esportiva. - Então, isto vai ser um duelo, hein, garotos? Fifi disse, - Oui! - Oiu também! - respondeu Plucky. Pernalonga ia começar a dizer algo, mas foi distraído por um movimento no corredor. - Só um minuto, - ele disse, abrindo a porta. Dennis Weaver estava sendo perseguido pelo corredor por um carpinteiro. - Ei! - Pernalonga gritou. - 'Duelo' errado, seus malucos!! - eles pararam e Dennis disse, - Desculpe - e eles sairam de vista, nunca mais para serem vistos a não ser em vídeo e em reprises na TBS. Pernalonga fechou a porta. - Aonde eu estava?... ah, sim... certo, se é um duelo que vocês querem, um duelo terão! - Enquanto isso, as poucas nuvens escuras lá fora haviam aumentado de número, e a fraca brisa que havia começado se tornara um vento de meia intensidade, mas ninguém percebera... ainda. Eles estavam todos concentrados na tempestade ocorrendo DENTRO da sala de aula. Pernalonga foi até a máquina. - Eu provavelmente vou me arrepender disto, - ele murmurou para si mesmo. Mais alto, ele disse, - Certo, estas são as regras... Antes que qualquer um tivesse a chance de a impedir, Lilica fez um de seus giros de interpretação, e reapareceu em uma fantasia de arbusto australiano. - Regra número 1-- SEM POOFTAHS! - Quando ela percebeu que não obteve resposta, ela mudou de volta e sentou-se contrariada em sua carteira. - Cara, essa é a última vez que eu uso uma piada do Monthy Python no original! - Não, não vai ser! - Perninha gritou. Pernalonga ficou pensando quando é que foi que ele perdeu o controle total sobre a classe. - Como eu ESTAVA para dizer, - ele disse, olhando para os agora constrangidos Perninha e Lilica, - Fifi e Plucky vão ter cada um a sua vez. O que conseguir sair do wild-take mais rapidamente vai ser o vencedor. E o wild-take em questão será... pausa para efeito redundante... o FRIZ FRIZZLE! - Fifi e Plucky engoliram em seco alto. O único wild take que eles não haviam treinado, e ia SER ELE. Plucky virou-se para Fifi. - Er, ainda está em tempo de deixarmos isso para lá, você sabe... - Oui, é verdade... - Ah, bem... quem quer ser o primeiro? - Mas quando ele falou, Fifi já estava tomando seu lugar. - Vous pode disparar quando estiver pronto, Monsier Pernalonga, - ela disse. Pernalonga o fez, e aonde Fifi estivera, agora estava apenas uma pequena pilha de cinzas roxas fumegando, com um par de olhos violetas no topo! Ela piscou duas vezes, e repentinamente reapareceu para o aplauso de seus colegas de classe. - 1,2 segundos! Esse é um novo recorde para a Loo! - Pernalonga disse. Enquanto Fifi voltava para seu lugar, ela olhou pela janela. O que ela viu a assustou. O vento estava ficando mais forte, levando objetos. Isto, ela sabia, criava uma situação propícia para catástrofe. E ela não estava pensando no Coió neste caso. Ela voltou para perto de Pernalonga. - Monsieur, eu penzo que serrria melhor deixarmos isso para depois, - ela disse preocupada. Pernalonga nunca a havia visto nervosa deste jeito, mas ele percebeu que ela estava temerosa de algo. E quando ela apontou para a sua direita, repentinamente ele viu o que se tratava. Mais importante, o _porque_. - Considerando as circunstâncias, garota, eu acho que você está certa, - ele afirmou para ela. Infelizmente, Plucky estava ficando impaciente. - Ei, porque a demora, hein? Nós não vamos fazer a MINHA vez não? - ele disse. Fifi se aproximou dele, preocupada. - Plucky, talvez vous eztivesse zerto talvez garotos son como vous diz, melhorrres nizto talvez nous devessemos nos proteger... - QUÊ? Nada disso, mina! Você não vai conseguir se safar dessa com charme, LaFume! Não agora quando há um recorde a ser quebrado! - Mas Plucky... - ela implorou. - Mas NADA! - ele andou para tras se afastando dela. Infelizmente, ele acabou empurrando Fifi levemente contra a máquina, mas bem no botão de ligar, e em um instante, Plucky se tornou uma fumegante pilha de cinzas verde, com um par de olhos em cima! Perninha e Lilica correram para o lado de Fifi, e estavam prestes a dizerem poucas e boas para Plucky, mas eles não chegaram a ter a chance. O vento deu uma batida forte, e abriu com tudo a janela da classe. CRASH!!! Antes que alguém pudesse fazer alguma coisa--como se alguém soubesse o que fazer--vidro estava espalhado por todo lugar, carteiras tombaram, papéis estava voando para todo lado; mas este não era o pior problema. Para o choque de todos, o vento soprou pela sala, pegou Plucky (o que restara dele) e carregou suas cinzas para fora da sala e as espalhou por Acme City! - PLUCKY! - Fifi gritou. - NO!!! - E então ela desmaiou. Enquanto Pernalonga e os outros estudantes observavam aquilo com um misto de fascínio e horror, a tempestade desapareceu tão rápida quanto havia surgido. Desnecessário dizer, o choque de ter visto o que acontecera com Plucky havia deixado todos brancos. Maria Melodia, contudo, havia ficado azul-clara! - Ei, o que é _isto_? - ela disse. Felícia entregou para ela uma pequena estatueta dourada. - Em nome da Academia, - ela disse, - Eu entrego para você este prêmio por "Melhor Efeito Visual por uma Personagem Coadjuvante de Desenho em uma obra de ficção! - Enquanto Maria olhava para ela, Felícia murmurou tristemente, - Foi a minha única fala... Colocando as mãos em sua cabeça, Maria murmurou, - Eu tenho que me transferir desta escola! Entrementes, Fifi estava voltando a si. Lilica a ajudou a sentar. - Como está ela? - Perninha perguntou cautelosamente. Lilica o encarou. - Como você ACHA que ela está? - Ela virou-se para Fifi. - Como você está, Fifizinha? Fifi estava bem nervosa. - Oh, Lilica, - ela começou a dizer, mas achou difícil de continuar sem chorar. - Pobre Plucky... ez tudo minha falta... le soluço!! - Lilica colocou seu braço em volta de sua amiga para a consolar. - Calma, calma, Fifi, não foi sua culpa, - ela disse suavemente. Então, incapaz de evitar, ela acrescentou, - Foi de Plucky! - Fifi não estava capaz de fazer humor, contudo. - Desculpe... - Ah, claro, culpem o pato, porque não, hein? - àquilo todos engasgaram. - PLUCKY?!? - Bem, e quem vocês esperavam, uma vendedora da Avon? - todos olharam em volta da sala, mas ninguém podia ver ele. Fifi virou-se para Lilica. - Por favor, Lilica, isso non é engrazado... - Acredite em mim, Fifizinha, eu posso ser uma grande mímica, mas não tem jeito de eu conseguir fazer AQUELA voz! Plucky, é realmente você? - Sim, sou eu mesmo e eu não estou nada contente! Fifi sorriu levemente. - É realmente ele... - Isto é bem estranho, mesmo para 'Tiny Toon', - Perninha disse. - Tipo, talvez não, ou algo assim! - foi Leiloca Pataquada quem falou. - Eu estou definitivamente captando algumas vibrações mondo-repulsivas de Plucky! - Agora Pernalonga estava confuso. - Err... como é que é, Leiloca? - É tipo, coisas simples, - ela respondeu. - Plucky tem essa, tipo, áurea realmente poderosa... - É, - Perninha disse. - Eu tenho dito para ele usar um desodorante mais forte... - Pernalonga e Leiloca olharam um olhar de "dá um tempo" para ele. - Desculpem... - Confiem em mim nisto, caras, - Leiloca continuou. - Qualquer pato que pode tomar tantas bigornas como Plucky toma, não é nada fácil de se livrar assim... acreditem, eu tenho tentado... - Credo, obrigado, Leiloca, - o descorporado pato disse. - eu acho... - Percebem o que quero dizer? - ela sorriu. - Sim, eu percebo, - Pernalonga disse. De fato, ele não percebeu mesmo. Ele queria ir mesmo para casa. Ele tinha que repassar ainda o script de "Carrotblanca". - Então, - Perninha arriscou, - você acredita que se você se concentrar forte o bastante, talvez você possa deixar a áurea dele mais clara, Leiloca? Isso seria como tentar assistir o canal da Fox! - Hummmm.... - ela respondeu. - Eu posso tentar... - dito isso, ela fechou os olhos, cruzou as pernas e entrou em transe. - Oh,wathaloon Iam,ohwathaloonIam... - na frente de todos, Plucky começou lentamente a ficar visível. Bem, não completamente; ele estava em um estado de semitransparência, mas ao menos ele podia ser visto. Leiloca teve que parar, começando a ter uma dor-de-cabeça. - Desculpe pessoal, mas isto é o melhor que eu posso fazer. - Por quanto tempo vous acredita que ele irrra ficar assim? - Fifi perguntou. Leiloca suspirou. - Dificíl dizer. Ele é obstinado, mas ele não é exatamente invencível... - ela procurou a melhor maneira de dizer isto. - Bem, vamos colocar desta maneira... - e ela sussurou algo na orelha de Perninha. - Credo! - Perninha disse silenciosamente. Ele sabia agora que algo precisava ser feito. Ele também sabia que ele--ou Plucky não teria muito tempo. Ele gesticulou para que Fifi e Lilica se juntassem à ele no corredor. - Então, o que está pegando? - perguntou Lilica. Perninha colocou a mão dentro de seu suéter e retirou uma cópia de "Toon Trauma", e rapidamente foi até uma específica página. O olhar na sua face mostrou para Lilica que as piadas teriam que esperar para depois. - É ruim, né? - Ruim, sim... sem esperança nem tanto... você acha que pode conseguir encontrar Coió e Little Beeper? - Eles provavelmente estão correndo nas pistas, - Lilica respondeu, olhando seu relógio. - Jogando nos cavalos com a idade deles? - Perninha piscou. (certo, talvez nem TODAS as piadas tinham que esperar...) - Eu disse CORRENDO nas pistas, não APOSTANDO nas pistas, seu idiota! Eles estão no time de corrida, não lembra? Perninha espalmou sua testa antes que Lilica acabasse fazendo isso para ele. - É claro! Você acha que pode trazer eles para o Laboratório de Ciências? - Sem problemas, - ela sorriu, e saiu dali. Antes que Perninha tivesse alguma chance de dizer algo, Lilica retornara trazendo Coió e Little Beeper. - O que os atrasou? - Perninha perguntou. Coió segurou uma plaqueta: "Tráfego!" - Eu deveria saber. Fifi falou. - Pardom moi, Perninha, mas porque vous preciza de moi? - Perninha limpou sua garganta. Essa era a parte difícil. - Bem, de acordo com o 'Toon Trauma', o Friz Frizzle nunca deve ser realizado em uma área muito ventilada... - lágrimas começaram a se formar nos olhos dela. - Por favor, Perninha, non me lembre... - ele sentiu por ela,mas tinha que continuar. - Fifi, por favor. - ele disse suavemente. - Isso é importante, e nós REALMENTE precisamos de você para isso! - ela limpou os olhos, e se recompôs. - Boa garota, - ele disse, entregando para ela outro livro, aberto em uma certa página. - Izto é o que penzo que é? - Fifi olhou para o livro com uma mistura de incredulidade e choque. - Uma brochura pour cartões postais franceses?!? REALMENTE, Perninha...! - QUÊ? - Lilica disse. - Deixa eu ver isso aí, espertinho! - Mas Perninha foi rápido demais para ela. - He, he, oh, como foi que ISTO veio parar aqui? - ele mexeu-se mais um pouco antes de produzir outro livro. - Onde eu estava... ah, sim, - ele disse, - E isto o que eu penso que é? Fifi olhou para a página em questão. Pela primeira vez desde que Plucky 'desapareceu', ela sorriu enquanto lia. Para Perninha, esse era um bom sinal. Fifi ficaria bem, e AGORA é o que ela precisa mais. - Oui! Izto é um, como vous dizem, "Dispositivo de Replicação de Desenho!" - ÓTIMO! Vamos para o laboratório! - Enquanto o quinteto estava se dirigindo para lá, Lilica ainda estava questionando Perninha sobre aqueles cartões postais, e Perninha continuava sendo evasivo. Pela hora que eles chegaram ao laboratório, Perninha tinha (mal) se recuperado seu fôlego o bastante para explicar o que ele tinha em mente. - Certo, antes de nós começarmos, tem algo que eu preciso dizer. - Ele fez uma pausa, tomou fôlego e continuou. - Nós precisamos fazer isso ficar pronto logo, pois Leiloca pode apenas manter a áura de Plucky por algum tempo. Fifi, nós podemos construir o replicador, mas você vai ter que nos explicar como! Fifi fez um olhar determinado para Perninha. - Eu eztou prronta! Lilica levantou a mão. - Com licença, mas como é que Fifi vai poder nos explicar isso? - Porque, Liliquinha, as instruções estão todas em Francês, e só ela saber ler elas, portanto. Lilica os olhou suspeitosamente. - _Nenhum_ de vocês rapazes sabem ler Francês? - Coió levantou uma plaqueta: 'No se habla Francês' Beeper levantou uma outra: 'Moi também não!' e Perninha apenas encolheu os ombros. Lilica suspirou, - Bem que mamãe me disse que haveriam scripts como esse. Certo, orelhas azuis, então Fifi irá traduzir; mas e depois de nós termos o treco pronto? E o que isto vai fazer, afinal de contas? Perninha já a antecipou. - Primeiro, nós mandamos Beeper localizar o resto de Plucky... - Coió perguntou, - Porque ELE? - Perninha continuou. - Porque nós precisamos de alguém REALMENTE rápido, e neste caso, é Beep. - ele fez uma pausa. - Olhem, nós temos pouco tempo para fazermos isto... Lilica o interrompeu. - E se não conseguirmos? Perninha sorriu. - Então... algúem vai ficar com a vaga dele no estacionamento da Warner Bros. - A seriedade daquilo que ele disse os atingiu como uma proverbial bigorna. - Não precisa dizer mais nada, - Lilica respondeu. Ela estava falando realmente sério desta vez. Todos eles estavam. Perninha sorriu. - Vamos FAZER ISSO! No que pareceu ser bem pouco tempo, eles estavam prontos. Agora, precisaria saber se funcionaria, claro. Se ao menos Plucky estivesse por ali naquele momento. Se ao menos eles tivessem mais tempo. Perninha suspirou. Havia uma grande quantidade de "se"s para se considerar neste caso. Ele ainda tinha mais uma tarefa disso a fazer ainda. Ele pegou um pager de seu suéter e contactou a Sala dos Professores. Imediatamente, o telefone do laboratório tocou. - Er, o que é que há, Perninha? - Como você sabia? - Quem mais estaria me ligando neste ponto da história? - Verdade... escute, Plucky ainda está por aí? Nós precisamos dele aqui no laboratório agora mesmo. - Eu vou contatar a Leiloca, que tal? - Está jóia, obrigado. - Não é nada. - Logo após Perninha desligar o telefone, Plucky e Leiloca chegaram. - Vocês não sabem baterem não? - ele brincou. - Então, Plucky, como estão as coisas? - Olha aqui, coelho, - Plucky avisou ele. - Vocês já terminaram o seja lá o que for que vocês estão armando aqui? Eu não gosto exatamente de bancar o 'Pato de Fundo de Vidro', você sabe. - Nós sabemos, nós sabemos, - Perninha e Lilica disseram juntos. - Ei Leiloca, - Lilica adicionou, - Eu não sabia que você podia manter a áurea dele por tanto tempo! - Tipo, eu não tenho que fazer isso. Eu apenas disse para Plucky que se ele não se acalmasse, eu iria fazer fricassê dele! - Credo, duas vezes em um dia. Quanta sorte um cara pode ter? - Plucky respondeu. - Então, o que está acontecendo, de qualquer jeito? - ele estava olhando particularmente para Beeper, que estava usando uma pequena mochila, no qual havia um... - ASPIRADOR DE PÓ? - Plucky riu. - Para quê ISTO? Lilica respondeu, - Bem, do jeito que eu entendi, essa coisa foi especificadamente adaptada para coletar todas as suas cinzas; e quando estiver cheio, nós simplesmente vamos esvaziar ele nesta coisa aqui... - e ela apontou para uma grande máquina com um tubo de plexiglass anexado, - aonde nós vamos misturar com a sua áurea, e voilá, você deve ficar novo em folha. - Ela se virou para Perninha. - Está certo? Ele encolheu os ombros. - Soa certo para mim. Plucky resmungou. - Oh, ótimo. A possibilidade de eu continuar com a minha existência está nas mãos do elenco de 'O Mundo de Beakman'! - Isso é alguma piada de galinha? - Lilica disse a lá JoAnne Worley. - Não, está mais para uma piada de programação, - Plucky respondeu. Perninha suspirou. Manter Plucky calmo era uma coisa. Manter ele quieto era outra. - Pronto, Beeper? - Lilica perguntou. - Beep, beep! - ele respondeu, saindo correndo. - Eu acho que isso foi um sim, - Perninha afirmou. - Então, vocês construiram essa coisa sozinhos? - Plucky perguntou. Perninha respondeu, - Sim, mas nós não teríamos conseguido sem a ajuda da Fifi... - FIFI? - Plucky gritou zangado. Perninha percebeu que ele estava então prestes a ir kaput. - ELA é a razão pela qual eu estou nesta encrenca... - ele continuou com isto por outro minuto antes que um grito de Fifi atraísse a atenção de todos. - Perninha! Nós estamos perdendo ele! - ela estava certa. Plucky estava começando a desaparecer novamente! Perninha perdeu o controle (ou o que passava por isso). - PLUCKY, ACALME-SE! Nós precisamos que você esteja bem para isto funcionar! Não vá desaparecer agora, cara!! - Ele olhou freneticamente seu relógio. - Aonde diabos está Beeper? Ele já deveria ter _voltado_ a esta altura!!! - Lilica se aproximou. - Perninha? - ela murmurou. - Sim? - CALMA COCADA!!!!! - Quando a ordem foi reestabelecida, ela sorriu. - Eu SEMPRE quis usar essa fala. - ela se dirigiu para Leiloca, mas a Pataquada já estava a trabalhar. - OhwhataloonIam, ohwhataloonIam... - Plucky voltou a ficar mais visível. Leiloca caiu fraca. - Desculpe caras, mas tipo, eu não aguento mais manter isso, - ela admitiu enquanto Fifi a ajudava a sentar. - É, tipo, muita coisa para mim, ou algo assim... - Perninha estava prestes a dizer que não era necessário ela se desculpar, quando um alarme soou no relógio de Coió. Ele levantou outra plaqueta: 'ELE O RECUPEROU!' - SIM!! - Perninha gritou. Ele mal terminou isto, e Beeper já retornara. - Beep! Beep! - Plucky não pode evitar. - O que o atrasou? - Beeper olhou para ele e lhe deu um alto grasnido. Plucky piscou os olhos. - Quem mandou eu perguntar? - ele murmurou. Lilica conduziu Plucky para a câmera de plexiglass. - Por aqui, Sr. Primeira Noite! - ela brincou. Plucky não entendeu. Ele olhou para Perninha, mas ele também não havia percebido o que podia ser também. Lilica rangeu os dentes. - Era um programa de rádio, seus panacas! - Perninha e Plucky disseram um "Ohhhh...", mas Lilica não se deu por satisfeita. - E pensar que estes cabeças-de-vento não são capazes de perceber uma mísera referência essa história doida! - ela ranziu. Enquanto isso, Fifi estava ocupada conectando uma mangueira entre o replicador e a saída do aspirador de pó. - Tudo, como vouz dizem, pronto, Perninha! - Espere um minuto, - Plucky disse. - Eu não tenho direito a últimas palavras ou coisa do tipo? Leiloca o encarou. - Desculpe cara, mas "EU NAO QUERO MORRER!!" berrado com toda a força não conta! - Neste momento, toda a classe estava ali presente no laboratório. Perninha olhou para Plucky. - Então, quem foi que convidou esse povo curioso todo aqui? - Sei lá, - o pato respondeu. - Eu pensei que eles fossem os _seus_ amigos curiosos também! - ele fez uma pausa. - Perninha, eu posso dizer algo? - Não, - ele respondeu, e acionou o interruptor da máquina. Ele virou-se para Fifi, que estava perto do aspirador de pó. - AGORA! - ele gritou. Fifi o ligou, e a classe toda observou fascinada, enquanto o plexiglass brilhava uma cor verde, com as cinzas voando e se misturando com a áurea de Plucky. Fifi engastou excitadamente. - Está funzionando! Está _funzionando_!! - Realmente estava. As cinzas continuavam a girar; lenta mas seguramente a forma no tubo começou a se solidificar em uma mais reconhecível--ainda que estranha- forma. Perninha olhou seu relógio. - 5... 4... 3... 2... 1... DESLIGAR! - Seguindo o comando, Fifi e ele desligaram o maquinário. - Plucky, você pode sair agora. - ele disse. - Porque, o que foi que eu perdi? - Perninha não sabia se ria ou gritava. Ele escolheu por rir. - Caia fora daí, seu idiota! - ele respondeu, abrindo a porta do replicador. Plucky saiu, sob as comemorações de seus colegas. Até mesmo Coió e Little Beeper estavam se cumprimentando. Mas para Perninha e Lilica, o melhor foi Plucky e Fifi abraçando um ao outro, a batalha sexual deles esquecida--por algum tempo, de qualquer modo. Plucky se virou para Perninha. - Ei, obrigado por me tirar dessa, cara... - Não foi nada... - Eu sei que não f... - Perninha pegou Plucky pelo braço. - Calma aí, pato! Me deixa terminar. É para Fifi que você devia estar se agradecendo. Todas as instruções para montar essa coisa estavam em Francês, e apenas ela podia as interpretar. - Mas foi Fifi quem... - Mas NADA, pato! - Perninha finalmente disse. - Admita, o único que foi responsável por você entrar nesta embrulhada em um primeiro momento foi VOCÊ mesmo! Fifi foi a única responsável por tirar você dela! - Isto gerou um incrédulo olhar e um grande 'O QUÊ?' de Coió, Beeper e Leiloca. - Ooops! - Perninha adicionou, corado. - Heh-heh, vocês aceitaria 'parcialmente'? - eles trocaram a plaqueta acima deles para uma 'ASSIM É MELHOR!' - Whew! - Perninha concluiu, enquanto Pernalonga entrava no laboratório. - Então, está tudo de volta à quase-normalidade? - ele perguntou, mordendo a sua onipresente cenoura. - Quase, - Lilica disse, chamando o pato. - Ei, Sr. Gratitude, não tem nada que você precisa falar para Fifi? - Plucky sabia quando estava derrotado. Hesitante, ele se aproximou dela. - Er, Fifizinha, - ele começou, mas achou difícil continuar. Ela sorriu. - Oui? - Er, hum... eu só queria dizer... eu... eu... Ela piscou alegremente. - Oui, Plucky? Ele finalmente disse. - EU PODIA TER TE DERROTADO SE NÃO FOSSE AQUELA VENTANIA! - NON, VOUS NON PODERRIA!! - EU PODERIA SIM!! - QUER UMA REVANCHE, MONSIEUR MACHIZTA-CHAUVINIZZTA PORCO-PATO????? - PODE APOSTAR QUE SIM!!!! - PAREM AÍ!!!!! - Pernalonga finalmente gritou. Ambos ficaram em silêncio. Tendo certeza de que estava com a atenção total deles, ele continuou. - Considerando o que aconteceu hoje, porque nós não apenas declaramos um empate, e eu vou dar para vocês dois o prêmio...? - QUÊ? - Valentino reclamou. - Você não falou nada sobre PRÊMIOS! Meu 'Avery' foi muito melhor do que esses estúpidos 'Frizzles'! - Nada podia impedir ele. - Eu quero esse prêmio, e eu quero ele _agora_, seu coelho panaca!! - _OH-OH_!! - a classe engoliu em seco novamente. Plucky e Fifi olharam um para o outro. Repentinamente, eles sabiam o que estava por vir. Plucky sorriu. - Er, credo, Pernalonga, - ele disse, meio em voz bem alta, - Eu estava pensando, e eu acho que talvez Valentino merece isso mais, realmente. O que você acha, Fifi? - ele deu a ela um olhar maroto, mas ela já antecipara isto. - Plucky eztá cerrto, Monsieur. O wild-zake de Valentino foi trés melhor do que de nous. - Ela estava sendo uma baita duma cínica, mas Valentino não percebeu. - Eu digo, se ele quer o prêmio, deve ficar com ele! - Pernalonga hesitou apenas rapidamente. - Vocês tem certeza sobre isso? Plucky e Fifi sorriram. - Oh sim, temos certeza!! - Assim é melhor, - Valentino disse satisfeito, esfregando as suas mãos em uma antecipada ganância. - Então, o que foi que eu ganhei? - Ganhar? Eu realmente diria isso! - Pernalonga sorriu. Então ele derrubou a bomba. - Eu ESTAVA para dar para estes dois aqui um mês de suspensão por terem me mandado 'calar a boca', mas já que você acha que merece o dobro do que eles merecem, então é EXATAMENTE o que você vai ter! - HEIN??? - Valentino perguntou, não entendendo exatamente as implicações daquilo que Pernalonga havia dito. - Dois... DOIS MESES? - Que isso te sirva de lição, Valentino... - Pernalonga se aproximou bem dele, até ficar cara-a-cara. - Nunca ATREVA-SE a me chamar de 'coelho panaca' novamenter, certo? - AAAAUUUGGH! - Valentino gritou, e explodiu bem ali! Quando a fumaça se dispersou, ali estava somente uma pilha de cinzas, com um confuso par de olhos em cima, aonde Valentino estivera. - Sem dúvida alguma, - Plucky sorriu. - Ele REALMENTE merecia o prêmio! - Oui! - Fifi concordou. - Ele nem prrecizou de usar a máquina! Pernalonga se dirigiu a eles. - Vejam, vocês garotos passaram por poucas e boas hoje. Que tal se todos nós formos até o Weenie Burguer? Por minha conta? - ele fez uma pausa. - Mas apenas se vocês prometerem não mandarem me calar novamente... Fifi riu. - Como vous dizem, fechado, non? - Isso mesmo, - concordou Plucky. - Ótimo, - Pernalonga disse. No que eles saiam, uma pequena lufada de vento veio por uma janela aberta e carregou as cinzas de Valentino. 'Ah não, de novo não!' - ele pensou. Do lado de fora, Pernalonga, Plucky e Fifi, juntando-se com Leiloca e os dois coelhos (que não são parentes!) se viram com a possibilidade de terem que resolver o problema das cinzas de Valentino espalhadas por Acme City, com Beeper tendo que recolher tudo e assim por diante. Plucky não conseguiu evitar. - Cês sabem, caras, eu não deveria dizer isto... Os outros sabiam bem o que ele estava para dizer, mas não podiam resistir também. - Mas... - Bem, é que eu sempre soube que se Valentino não tomasse cuidado mesmo... - Ele não se atreveria, - Lilica sussurou para Perninha. - Sim, ele se atreveria. - Perninha respondeu. - Continue... - ...Ele acabaria mesmo reduzindo-se a pó!!! +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ História (C) 1991, 1996 por Jerry D. Withers. Versão 1.1 (Revisada) (C) 4 de Fevereiro, 2000 pelo mesmo. Todos os direitos reservados. Todos os personagens (C) 1991, 1996 Warner Bros./Amblin Entertainment. Esta história não tem intenções nenhumas de contestar estes copyrights. Novamente, um obrigado para Kevin por ter postado isto, para a Tri-Cities Free-Net por me fornecerem o espaco na web para fazer isto, e (se eu não agradeci a eles antes, deixem-me fazê-lo agora) a Biblioteca de Mid-Columbia (setor de Pasco, WA) pelas instalações de informática. ----------------------------------------------------------------------- Esta ARTE ainda não foi DECO-rada. ------------------------------------------------------------------------ Autoclaving turns this story brown. Me deixem saber o que vocês acham, pessoal. Meu e-mail AINDA é: jwithers@tcfn.org. Meu web-site é: http://J_Withers.tripod.com/furrball.htm E KATH SOUCIE É UMA GOSTOSA!!! Obrigado. ------------------------------------------------------------------------ Tradução para o Português por Leandro M. Pinto (renebunny@hotmail.com) 1o. Edição, 26 de março, 2000.