Lola vs Lilica Por Leloni Bunny (lbunny@wingsisp.com) O relógio da Acme Looniversidade soou doze vezes. Pela décima-Segunda badalada, a cafeteria já estava cheia com estudantes. Alguns estudantes estavam caçando seus sanduíches pelo salão, já que a misteriosa carne como sempre ainda não estava bem cozida. Outros sentaram-se nas mesas ou aguardavam nas filas do lanche, comendo ou conversando com amigos. As portas da sala de lanches abriram balançando, repentinamente anunciando a entrada das Três Espantosas locais da Acme Loo: Lilica Coelho, Leiloca Pataquada e Fifi La Fume. - Chegggeeeeeiiiiii!! - Lilica cantou em sua sempre alegre voz. Ela imediatamente entrou em um rodopio, reaparecendo em um uniforme da torcida organizada da Acme. Com um salto, ela pula direto no centro de uma mesa próxima, derrubando lanches quando ela fez isso. - O relógio na parede, atingiu o meio-dia. EI! É hora do lanche para cada Tiny......O quê? - ela perguntou olhando em volta para os olhares chateados e irritados que ela estava tendo. Alguns dos toons, que estavam sentados na mesa em que ela pulou, saíram da sala de refeições levemente contrariados. - Er, tipo, Lilica, isto é tão _antigo_, ou algo assim, - Leiloca disse, dando a Lilica um com um olhar ligeiramente irritado. - Oui, nós já ouvimos isto tantas vezes!, adicionou Fifi. Lilica olhou aos seus amigos, chocada. - Caras, vocês costumavam achar que isto era muito legal. - É, mas eles cresceram, - replicou Plucky Duck andando pelo trio. - Tipo, eu realmente odeio ter que dizer isto, mas eu concordo totalmente com Plucky, - disse Leiloca, - O seu número está um pouquinho, tipo, imaturo. A expressão de Lilica mudou de chocada para desanimada. Ela rapidamente girou de volta para a sua velha blusa e saia antes de seguir suas amigas até uma mesa. Perninha Coelho, Presuntinho e Frajuto já estavam sentados lá. - Oi, caras. - disse Lilica, colocando sua lancheira na mesa, - Posso fazer a vocês uma pergunta séria? - Você acabou de fazer, - zombou Perninha. - Eu quero dizer, além desta, - Lilica contrariou-se. - Mas, sério, vocês não acham que os meus atos estão ficando, bem, "velhos", acham? A mesa ficou muito quieta. Todos olharam para baixo, para seus lanches, ou para outras mesas, não querendo responder à ela. Todos, é claro, exceto Frajuto. Não ter uma voz tinha suas vantagens. Esta era uma delas. Colocando suas orelhas em seus ombros, Lilica virou-se para Fifi. - Fifizinha, *você* não acha que os meus atos estão imaturos. Acha? - ela perguntou eu uma voz tipo "Eu quero ouvir a verdade só se não for dolorosa". Depois de um momento de desconfortável silêncio, Fifi pode perceber que Lilica não iria desistir disso. Limpando sua garganta ela respondeu, - Não é exatamente que seus atos estão imaturos, é só mais, um, como vous dizem? Hum, eles estão apenas "dos velhos tempos". - Eu acho que o que Fifi quer dizer é que seus velhos números estão, bem, antiquados, - Presuntinho interpretou a gambázinha. Ela sorriu para ele, agradecida. - Ah, é mesmo, - Lilica contradisse em um chateado tom, e eu suponho que alguém mais possa fazer *melhor*? Eu quero dizer, quem mais poderia ter melhores atos que *eu*? - era óbvio para os outros que Lilica estava tendo dificuldades em aceitar o que lhe foi dito. Para *qualquer* artista é difícil ouvir que você possa estar ficando ultrapassado. Ainda, para um que desfrutou as luzes da ribalta mais do qualquer coisa, como Lilica fez, isto teve que ser especialmente difícil. Novamente, Plucky fez uma entrada, demostrando sua fabulosa habilidade de aparecer quando não é desejado. - Bem, e que tal aquele par de pernas ali? - ele zombou, colocando sua bandeja de lanche em cima da mesa. Todos olharam na direção para onde Plucky estava olhando. Na mesa do Corpo Docente, os professores estavam reunidos para o lanche. - Você quer dizer a Penélope, certo? - Lilica disse esperançosa. - Não, eu acho que ele quer dizer aquela magnífica loira sentada com Pernalonga, - Perninha interrompeu a si mesmo, imaginando o que a sua antiga co-estrela poderia fazer com ele se ele dissesse algo a mais. - Sim, Lola é uma tipo interessante de coelha. Moi imagino qual seria seu segredo. - disse pensativamente Fifi. - É, - repetiu Perninha, Plucky e Presuntinho, sonhadoramente, para o desapontamento de Lilica. - Agora lá está alguém que, tipo, mantêm sua atenção, ou algo assim. - Leiloca disse. Muito para o deleite dos seus professores, (especialmente Hortelino) Lilica passou o resto do dia em silêncio. = = = = = = = = = = = De volta para casa, Lilica ficou na frente de seu espelho de corpo inteiro no seu quarto, dando uma boa olhada em si mesma. - Talvez meus amigos estejam certos, - ela pensou. - Talvez o meu número _está_ ficando um pouquinho antiquado e imaturo. As palavras de Leiloca sobre Lola ecoaram na mente de Lilica, "Agora lá está alguém que, tipo, mantêm sua atenção, ou algo assim." Lilica era bastante popular na Loo. Ela definitivamente aparentava ser admirada, sem mencionar o fato de que ela _mantinha_ a atenção das pessoas. Talvez Lola soubesse de algo que Lilica não soubesse. Talvez a bronzeada coelha tenha algo que era mais duradouro do que ela. Isto poderia explicar porque a mentora dela, Doçura, a parceira de Bosko, não estava mais por ali. Aparentemente o grande retorno acabou tão rápido como havia começado. Talvez... talvez, era hora dela procurar por uma nova mentora? Talvez... *Lola* pudesse ser uma melhor mentora? Não! A coelha rosa chacoalhou sua cabeça firmemente, tentando tirar o pensamento da sua mente. *Doçura* era a sua mentora. Apesar mesmo de Doçura não estar mais aqui- e Lola estar. E todos os amigos de Lilica podiam trabalhar com seus mentores, que aconteciam serem da mesma espécie, exceto Go-go. Lilica nunca realmente pensou sobre isto antes. Mas agora ela pensou sobre isto, embora isto a deixe zangada. Mesmo Perninha tinha como trabalhar com um coelho mais velho. Apenas *ela* está sozinha. Ainda assim, Lola não fazia realmente nada que Lilica fazia. Ainda assim, aquilo parecia ser o que todo mundo gostava... Lilica passou a tarde inteira tentado colocar as coisas no lugar. Finalmente, ela olhou no espelho novamente, com um leve sorriso surgindo no seu rosto. - Hum... eu imagino se as minhas orelhas ficariam melhor em um arco... = = = = = = = = = = = Na manhã seguinte, Perninha acordou tarde, como sempre. Ele correu pela sua toca, tentando se arrumar antes que Lilica aparecesse pulando em cima da escada, quase fazendo ele bater sua cabeça no teto. - Oh, irmão, Lilica vai ficar maluca se eu me atrasar d.e..n..o... - Perninha olhou em volta quando ele colocou sua cabeça fora do toco de árvore. Lilica não estava à vista! Perninha olhou no seu relógio. Estava bem na hora. Mas, aonde estava Lilica? O coelho azul pensou sobre as últimas semanas, tentando se lembrar se alguma coisa que ele fez poderia ter deixado Lilica zangada. A única vez que os dois coelhos não vão para a escola juntos, é quando ela está zangada com ele. A consciência de Perninha, contudo, estava limpa. Ele não podia pensar em sequer uma coisa que ele poderia ter feito recentemente que a deixaria brava. Um pensamento repentinamente o atingiu. - Eu aposto, que desta vez ELA está atrasada. - ele sorriu para si mesmo. - Bem, Senhorita Bárbara Ana Coelho, agora finalmente eu peguei você! Correndo até a toca de Lilica, Perninha riu para si mesmo pensando em como ele iria tirar sarro do atraso dela. Quando ele chegou lá, ele apenas desceu pelo buraco. Ele havia estado lá tantas vezes que ele sabia que os pais de Lilica não se incomodavam. - Yoo-hoo! Liliquinha, eu te peguei você desta vez! Apareça aqui! - ele chamou. Olhando em volta, ele estava um pouco confuso pelos estranhos olhares que ele estava tendo de alguns dos irmãos de Lilica que ainda eram muito novos para irem para a escola. A Senhora Coelho tinha o mesmo olhar estranho na face quando ela veio da cozinha. - Perninha? Agora, o que você está fazendo aqui, jovem? Você devia estar na escola, - ela ralhou com ele. - Eu estou aqui procurando a Lilica, - Perninha respondeu, alegremente. - Lilica? Mas por que, ela foi para a escola há um bom tempo atrás, - Senhora Coelho explicou. O sorriso de Perninha desapareceu. - Ela o quê???? - Bom Deus, sim. Ela estava morrendo de pressa. Ela nem comeu o seu café da manhã. Ela apenas correu pela porta como se algo estivesse caçando ela, - ela respondeu, parecendo um pouco confuso. - Mas, mas, mas, - Perninha gaguejou, - ela não passou pela minha toca. Ela SEMPRE vai comigo para a escola, a não ser que ela esteja brava. Você, você têm CERTEZA que ela realmente foi para a escola? Quero dizer, e se aconteceu alguma coisa com ela? E se, ela foi atropelada por um carro no caminho? E se, se, ela estiver no hospital agora mesmo? A Sra. Coelho começou a ficar preocupada, depois zangada. - Agora, como você se atreve a vir aqui e sugerir algo assim! - ela pegou Perninha pelas orelhas, arrastando ele para a porta. - Agora vá para a escola, mocinho, e não diga mais uma coisa dessas de novo! Minha nossa, descendo aqui e me assustando desta maneira! Ela jogou o jovem coelho fora do buraco e voltou para a cozinha. Sentando-se na mesa por alguns minutos, ela ficou escutando o som de seus dedos batendo na mesa. Rapidamente indo até o telefone, ela discou para o hospital o mais rápido que seus dedos podiam. - Eu sei que não é verdade, mas apenas no caso. - ela pensou. = = = = = = = = = = = Já que ele estava mesmo vinte minutos atrasado para a aula, Perninha saiu procurando por Lilica ao invés disso. Silenciosamente abrindo a porta de uma das classes, ele espiou dentro e pode ver ela ocupada estudando. Ele tentou desesperadamente chamar a atenção dela sem fazer sua presença ser notada. Infelizmente, ele conseguiu a atenção do toon errado. Sentindo uma batidinha na sua cabeça, Perninha olhou para cima, ficando face a face com um desagradado Wile E. Coyote. Dando uma risada tímido, Perninha rapidamente afastou-se da porta com o coiote batendo-a atrás dele. - Eu acho que é melhor esperar até o lanche para encontrar ela, - Perninha sussurrou para si mesmo. Tão logo o sinal do lanche soou, ele correu através dos corredores até a cafeteria em um borrão azul. De fato, ele quase trombou com uma alto vulto cinza que bloqueou o seu caminho para a cafeteria. Pernalonga não aparentava estar contente quando os seus estreitados olhos viram sua jovem contraparte. - Eu espero que cê tenha uma boa desculpa para não ter ido na aula esta manhã. - ele disse pacientemente, mantendo um frio olhar direto em Perninha. - Agora não, Pernalonga, - pediu Perninha, - Eu tenho que ir encontrar a Lilica. Pernalonga cerrou uma sobrancelha, - Porque, o que foi que aconteceu entre vocês dois _desta_ vez? - Eu não sei! Ela não veio comigo para a escola, e eu não sei porque! - Perninha explicou rapidamente, passando por Pernalonga. - Eu pego a advertência depois, - ele disse pelo seu ombro. Perninha entrou correndo na cafeteria, zunindo em todas as direções, ou correndo pelos outros estudantes. Ele percebeu Lilica sentada na sua mesa de sempre com suas amigas. Perninha correu para a mesa, mas ele não conseguiu freiar a si mesmo a tempo. Trombando contra a mesa, ele caiu por cima dela, parando exatamente na frente de Lilica, coberto com a comida de todo mundo em que ele trombou. As outras garotas deram nele um desgostoso olhar, mas a coelha rosa parecia que nem sequer o havia notado. - Bem, tipo, muito obrigado MESMO, garoto-azul, - sussurrou Leiloca, tirando o seu pote de salada da orelha de Perninha. = = = = = = = = = = Na mesa do Corpo Docente, uma nervosa Lola Bunny ficava olhando pela cafeteria. - Olá, boneca! - Alguém chamou de algum lugar atrás dela. A bronzeada coelha pulou dois pés. Ela olhou na direção de onde a voz veio. - Oh, Pernalonga, me desculpe, - ela disse, tentando recuperar o seu fôlego. - O que foi que você disse? - Eu disse "Olá bo... er, - ele interrompeu a si mesmo e corrigiu-se rapidamente, - Quero dizer, eu estava apenas dizendo que eu estou começando a me preocupar sobre o meu protegido... você estava esperando alguém? - Pernalonga perguntou, vendo o olhar dela desviar-se novamente. - Não, eu não estou esperando ninguém, - ela respondeu, olhando em volta de novo. - É apenas que... você já teve a sensação de que você está sendo observado? Pernalonga fez uma séria expressão, - Oh, todo o tempo. Você sabe quantas pessoas assistem meus desenhos todos os dias? - Ha, ha, muito engraçado, - disse Lola, lançando levemente nele uma folha de alface, - Eu quero dizer que eu sinto como se alguém estivesse me espionando o dia inteiro, - Poderia ser esse alguém uma coelha rosa com laços roxos nas orelhas? - perguntou Patolino, que estava sentado com os coelhos. Ele acenou a cabeça na direção de Lola. Ambos os coelhos trocaram olhares. Lola arriscou um olhar sobre o seu ombro. De fato, Lilica Coelho estava olhando para ela. Lola suspirou, colocando sua cabeça por entre suas patas. - Eu não entendo, - ela murmurou, - Desde que eu cheguei aqui, ela fica me dando aquele olhar estranho, ou me encarando, ou me ignorando. Ela age como se eu tivesse vindo aqui tomar o lugar dela ou algo do tipo! - Bem, de certa maneira, você veio, - repetiu Pernalonga. Lola olhou para ele, com os olhos arregalados. - Eu quero dizer, antes de você aparecer, ela era a mais popular coelha na escola. Ela não tinha nenhuma concorrência. Mas agora com você aqui, e eu tenho que admitir, você conseguiu bastante atenção, - o coelho cinza riu levemente. - Eu acho que ela não sabe ainda como competir com você. - Mas eu não estou "competindo" com ninguém! Eu nunca quis ser a rival dela! - É, eu sei disso, mas Lilica parece que não sabe. Lola estava prestes a dizer alguma coisa, quando o sinal tocou. - Bem, ao menos ela não fica me espionando durante a aula. - ela disse, com um suspiro. = = = = = = = = = = Lilica observou Lola deixar a cafeteria, um pouco desanimada. Ela esteve observando a coelha mais velha o dia todo, e ainda não sabia mais sobre ela do que ela sabia durante a manhã. - LILICA! - alguém gritou no seu ouvido. - O QUÊ? - ela estalou, completamente surpresa. Ela olhou em volta par ver Perninha que estava tentando conseguir a atenção dela. - Você não me escutou???? O que está acontecendo? Por que você está me ignorando? - ele questionou. Lilica olhou para ele, - Eu não estou te ignorando. Eu estou apenas... ocupada agora. Isto é tudo. - Ela tentou passar por ele. Ele não se moveu. - Sim, você está! Você não veio para a escola comigo. Você não ligou para mim. E agora, você não está me respondendo! O que está havendo? - ele estava realmente frustrado. - Eu não estou te ignorando, Perninha, eu tenho que fazer uma "pesquisa". É tudo. Agora, por favor me dá licença, eu tenho uma aula, - ela fez ele ficar para o lado, - E Perninha? Eu não vou poder voltar com você para casa hoje. Eu tenho umas coisas para fazer, - Lilica disse por cima do ombro. Perninha apenas ficou ali, com o queixo caído. Teria.. teria ela agora desprezado ele?!?!? = = = = = = = = = = Lilica realmente esqueceu sobre Perninha esta manhã. Ela não tinha intenção, mas ela precisava chegar na escola enquanto estava vazia. Ela havia tentando ontem dar uma olhada no filme em que Lola estava. Por alguma razão, ele estrava trancado. O guardião do acervo disse a ela que ninguém tinha permissão de assistir o filme. Pernalonga havia deixado ordens de mante-lo trancado. Claro, sendo Lilica Coelho, ela usou nele o seu charme. Mas tudo o que ela conseguiu foi ser chutada do cofre dos desenhos. Ela ainda estava com a marca para provar! Então, nesta manhã, ela chegou na escola bem cedo. Ela arranjou para tirar a trava da lata do filme e o levou para uma sala de projeção. Lilica descobriu porque motivo Pernalonga queria-o trancado. O filme: Space Jam, era terrível! Ela realmente sentiu pena por Lola. A pobre coelha tinha apenas 27 falas! Seu único ato com alguma personalidade que ela teve era muito unidimensional. Tinha que haver mais para a lebre loira do que apenas "Não me chame de boneca". Sem muito com o que estudar, Lilica não estava certa de como ser mais como Lola. Ela providenciou para trancar novamente o filme na lata e sair do acervo sem ser vista. Ela finalmente decidiu que a única maneira que ela teria para conhecer Lola era se aproximar dela. O que significava que Lilica teria que esperar até depois da escola para encontrar com ela. = = = = = = = = = = Uma vez que Lola estava no basquete, Lilica imaginou que seria melhor começar com isto. Fazendo seu caminho até o ginásio, ela notou que havia luz no escritório da treinadora. Um bom sinal de que Lola estava lá. Sem saber ao certo como conseguir a atenção da bronzeada coelha, Lilica pegou uma bola de basquete de um rack próximo e começou a batê-la. Funcionou. Lola espiou para fora do escritório para ver quem estava no ginásio. - Lilica? O que você está fazendo aqui? - ela perguntou, entrando no ginásio. - Oh, um, bem, - Lilica pensou rápido, - Eu estou, um, pensando em fazer mais esportes. Basquete parece uma boa maneira de começar. Procurando parecer mais sincera, Lilica arremessou a bola ao cesto. Ela bateu fora da tabela e caiu em uma lata de lixo próximo a porta do ginásio. - Uau, eu fiz uma cesta! - Lilica sorriu. A expressão de Lola encheu-se com uma surpreendida risada. - Hum, Lilica, esta _não_ é exatamente o tipo de cesta que você têm que conseguir, - Lola disse entre risadinhas. - Aqui, deixe-me mostrar para você. - Lola pegou outra bola do rack, apontou e arremessou a bola na cesta. - Viu? Este é o tipo de cesta que você deve fazer. Lilica riu. - Oh, claro, que tolice a minha. Hum, você poderia me mostrar de novo? Lola não pode evitar de imaginar porque Lilica estava repentinamente tão interessada em aprender basquete, especialmente desde que a coelha jogara isso alguns anos atrás. Mas não querendo ser rude, ela pegou outra bola, apontou e acertou outro arremesso. - Oh, - disse Lilica com uma voz baixa. - Hum, talvez você pudesse me ensinar como fazer isso? Sentindo-se céptica sobre aquilo, mas não desejando aparentar, Lola sorriu, - Claro, é muito fácil. - Ela pegou outra bola e a entregou para Lilica. Recuperando uma das bolas que ela já lançara, Lola posicionou-se próxima a coelha rosa. - Agora, posicione-se assim, - ela instruiu. Lilica reproduziu a pose da coelha mais velha perfeitamente. - Agora, vire seus dedos para dentro um pouco. Isto vai colocar a rotação correta na bola, - Lola disse, demonstrando o que ela queria dizer. - Desse jeito? - Lilica perguntou. Ela tinha ambas as mãos mais juntas, mal sustentando a bola acima. - Não, não tão para dentro, - Lola disse. Ela pegou as patas de Lilica, guiando-as para a posição correta. - Agora, aponte a bola na cesta. Ela ficou por trás da coelha rosa e ajeitou suas patas. - Agora, arremesse. A bola saiu voando no ar. Ela atingiu o aro da cesta e pulou fora novamente. Lilica franziu as sobrancelhas. - Não se preocupe, - Lola disse, colocando a pata no ombro da jovem coelha. - Isto foi ótimo para uma principiante. - Sério? - perguntou Lilica. Lola acenou que sim. Ela encarou a sua jovem contraparte por um momento. Lilica parecia estar bastante interessada. - Lilica, - ela começou, depois de um momento em silêncio, - Chame-me de maluca, mas eu estou com um pressentimento não muito bom de que você não está aqui para uma lição de basquete. Eu vi os seus registros, eu sei que você sabe jogar. Então, o que é realmente? A coelha rosa engoliu em seco, mas recuperou a si mesma rapidamente. - Eu apenas, hum, pensei que seria hora de eu voltar à coisa. É isso. Você sabe, tentar aperfeiçoar... - Era óbvio que Lola não estava se convencendo. Lola cruzou os seus braços, dando a Lilica um desconfiado olhar. - Vamos lá, Lilica. Não é com Hortelino ou Elfrazino que você está falando. Eu posso ser uma Looney Tune, mas eu não sou desmiolada. Sem saber o que dizer, Lilica olhou ao chão. - Bem... eu estive pensando sobre em quão rude eu tenho sido com você desde que você chegou aqui. E, e, eu sinto muito mesmo e, realmente eu não sabia como dizer, hum, que eu gostaria que fossemos amigas. - Ela arriscou um olhar para cima e teve um estranho choque! Lola tinha o mais estranho, esquisito olhar na sua face que Lilica já tinha visto em outro coelho. Algo quase como... nah, isto não era possível, os dois não têm nada em comum. - Lilica, - a voz de Lola sumiu e ela começou novamente. - Lilica, eu, eu realmente não sei o que dizer. - ela colocou sua pata no ombro de Lilica, - Sim, eu gostaria disso. Depois de um desconfortável silêncio, Lilica limpou sua garganta, - Hum, agora sobre a coisa do basquete... - Você estava só brincando? - Lola perguntou, com uma risada. Lilica piscou, - Não, realmente, eu falo sério. Você pode me ensinar a jogar basquete melhor? A coelha bronzeada olhou para o lado, mas então sorriu. - Lilica, se eu posso ensinar Pernalonga a jogar basquete, eu certamente posso melhorar sua habilidade! - VOCÊ ensinou Pernalonga a jogar basquete? - Lilica gaguejou, intencionando aparentar surpresa, embora ela já havia realmente visto o filme. - Mas, mas eu pensei que Pernalonga já sabia como jogar. - Lola caiu na gargalhada. - Do jeito que ele é, aquele coelho não poderia jogar basquete sequer para salvar o próprio pêlo! Falando francamente, o único esporte que ele sabe jogar é beisebol. Mesmo assim já é muito! - o ginásio ecoou com o som das duas desenhos animadas rindo. Lilica repentinamente lembrou-se de algo. Batendo sua pata na cabeça, ela gemeu, - Oh, não! Perninha, eu esqueci de Perninha! - Perninha? - Lola perguntou. - É, - Lilica continuou, - Eu esqueci completamente dele hoje. Não admira ele estar tão frustrado no lanche! - Vendo o olhar desaprovado de sua (possível) mentora, Lilica adicionou, - Eu sei, eu não devia ter feito aquilo. Mas, algumas vezes eu me atrapalho tanto com essas coisas... A coelha mais velha colocou a pata para silencia-la. - Então é melhor você ir pedir desculpas a ele. Nós podemos trabalharmos em seus arremessos amanhã. As três horas da tarde, certo? - Lilica acenou que sim e começou a sair. - Ah, Lola? - ela disse. - Sim? - Obrigada, - Lilica sorriu e saiu, deixando uma Lola meio confusa, mas aliviada, atrás dela. = = = = = = = = = = Lola cumpriu sua palavra. No intervalo de apenas algumas semanas, Lilica estava capaz de melhorar sua performance na maioria das posições, sem mencionar o fato de que realmente fazia algumas cestas. A própria Lilica aparentava estar mudando. Ela fazia giros de interpretação menos freqüentemente. Suas imitações também, diminuíram até quase desaparecer. Ela ainda assim tinha sua velha divertida personalidade, mas de uma maneira mais adulta. Ela até mesmo trocou sua classe de "Interpretações Malucas Avançadas" por uma de Educação Física de Lola. Perninha não estava certo se desfrutava a mudança ou odiava. Pelo lado bom, sua velha tabela de basquete estava tendo mais uso. Além disto, sua namorada não o estava deixando doido nem a metade do tempo, com suas imitações malucas e giros de interpretação. Era ótimo poder Ter alguma conversa séria sem suas interpretações humorísticas a cada poucas palavras. Apesar de que, pelo lado ruim, Lilica não estava ficando mais tanto tempo com ele como antes. E, ela não o estava deixando doido nem a metade do tempo, com suas imitações malucas e giros de interpretação. Metade do tempo, tudo o que ela falava era sobre Lola. Como Lola era realmente tão divertida. Que juízo afiado e inteligência sutil a coelha tinha. Lola, Lola, Lola! - Você não pode falar sobre outra coisa para variar? - ele finalmente disse à ela um dia enquanto os dois estavam em um Weenie Burger com alguns de seus amigos. Plucky e Presuntinho concordaram. - Bem, - e ela fez uma careta, - Agora vocês sabem como é se sentir ter que escutar vocês falarem sobre os seus mentores todo o tempo. Vocês não acham que eu ficava enjoada de ouvir? - Não é *nossa* culpa de o grande retorno de Doçura foi mais vazio do que um pastel, e ela voltou para o esquecimento, - Plucky retrucou do outro lado da mesa. - Obrigada, Senhor Explicadinho - Lilica disse friamente. Alcançando o outro lado da mesa ela deu um puxão no bico do pato e o soltou, mandando-o voar para além de duas mesas perto. - Credo, se isto a chateava tanto, porque você não nos contou? - Presuntinho timidamente perguntou. Lilica comeu o restante de seu hambúrguer (tipo vegetariano, é claro). Não é. Por que eu deveria me chatear? De qualquer jeito, eu tenho que ir. Eu disse a Lola que eu a encontraria para treinar um pouco. - Em um sábado? - Perninha começou, cerrando uma sobrancelha. Lilica acenou que sim. - Ela vai me encontrar no Parque Acme. Eles têm umas tabelas lá e ela me convidou para um piquenique depois disso. Eu vejo vocês poraí, caras! - Ela saiu queimando seu caminho para fora e foi pela porta. Seus amigos não estavam certos sobre o que pensar. Presuntinho finalmente quebrou o silêncio. - É só eu, ou Lilica está mudando? - Lilica? Mudando? Agora, isto é mesmo uma piada. Ela ainda é a mesma esperta coelha roubadora de cena que ela sempre foi, - Plucky respondeu, finalmente retornando para a mesa. - Be-em... - Perninha murmurou, ponderando sobre aquilo. - Presuntinho está certo. Quero dizer, pensem sobre isto. Quando foi a última vez que alguém se lembra de ver Lilica fazendo uma interpretação? - Perninha disse. Ninguém pode se lembrar. - E que tal a última vez que ela pentelhou o velho chapa Hortelino? Ou fez um giro de troca de roupa? Alguma coisa sobre esse negócio todo de Lola não está certo. - Oui, - adicionou Fifi pensativa, - Eu acho que eu sei o que está acontecendo também. É melhor eu encontra a Leiloca e nós termos uma conversa com Lilica, antes que alguém se machuque. Fifi levantou-se e começou a ir embora, quando de repente escutou uma série de risadas. Ela olhou para trás aos seus amigos e engasgou de constrangimento. Perninha e Plucky estavam rindo e apontando para o pobre Presuntinho. O porco estava enrolado na sua cauda e estava sendo puxado pelo caminho! - Oops! - ela ficou vermelha, desenrolando sua cauda. Ela estava tão acostumada a enrolar sua cauda afetuosamente em torno de Presuntinho que ela esqueceu-se que ele ainda estava ali. Uma vez que o porco nunca reclamou, ela assumiu que ele gostava disso. Ela ajudou ele a se levantar. - Desculpa, mon Cherri, eu esqueci sobre isso. Presuntinho estava bem vermelho, obviamente constrangido também. - Tudo bem, Fifizinha. Acontece. - ele murmurou, quase em um sussurro. Ela sorriu e deu nele um leve beijo na bochecha antes de ir. Presuntinho sentou-se novamente, tentando ignorar as caras de piscadelas e beijinhos que Plucky e Perninha estavam gozando ele. = = = = = = = = = = Depois de algumas horas procurando, Fifi finalmente encontrou Leiloca meditando no parque. Ela contou a Leiloca o que ela imaginou que estava acontecendo. Leiloca tinha que concordar que, ela _tinha_ estado recebendo alguns estranhos karmas sobre como Lilica estava agindo. Mas, ela não queria parecer suspeitar de uma de suas melhores amigas. Ainda assim, se Fifi estava sentindo suspeita sobre a sua camarada coelha, então alguma coisa realmente estava acontecendo. Fifi normalmente é a que tem mais fé em Lilica do que qualquer um. As duas foram até a área cimentada aonde algumas tabelas de basquete estavam colocadas. As duas coelhas estavam lá, ou algo assim. Uma toalha azul e amarela quadriculada estava esticada a alguma distância das tabelas. Nela haviam guloseimas sabor cenoura o suficiente para alimentar um exército inteiro de coelhos, o que dirá somente dois. Ali estavam elas, conversando e rindo como se fossem velhas amigas. - Tipo, hora da interceptação, Fifizinha, - cochichou Leiloca. As duas garotas saíram do arbusto aonde elas estava escondendo-se, fizeram falsos sorrisos e chamaram, - Ooooiiiiiiieeeeee! - Ambas as coelhas olharam para elas, surpreendidas. - O que vocês estão fazendo aqui? - Lilica perguntou. - Lilica, - disse Fifi, sorridente, - Você esqueceu-se sobre hoje à noite? - Hoje à noite? - É, tipo, nós estamos indo fazermos compras e então a uma festa do pijama na minha casa, ou algo assim. Lembra-se? - sorriu Leiloca. Lilica balançou a cabeça, sem fazer idéia do que estava acontecendo. - Humm, parece que você esqueceu-se de alguns outros planos de novo, - Lola disse, tentando não aparentar frustrada. - Está tudo bem, você deve ir com elas. Eu vou ficar bem. Lilica tentou protestar, - Mas eu não... - ela foi rapidamente puxada pelo seu pé para longe dali por suas amigas antes que ela sequer pudesse terminar sua frase. - Tipo, obrigado por entender, Lola, - Leiloca falou para atrás dela enquanto elas puxavam uma confusa coelha rosa. - Oh, bem, - Lola suspirou, quando ela começou a limpar os restos do piquenique, - Talvez eu devesse dar a ela uma agenda ou coisa parecida. - Ow! Vocês estão me machucando! - Lilica gemeu, tentando puxar seus braços fora do apertão de suas amigas. Elas finalmente a soltaram a alguma distância do parque. - Mas o que vous está fazendo para a Lola? - Fifi estalou a ela. - Fazer para a Lola? - Os olhos de Lilica arregalaram-se em confusão enquanto ela verificada se os seus braços ainda estavam no lugar. - Tipo, não se faça de tonta, coelha. - Nós sabemos totalmente que você está tentando e isto é mesmo cruel, - disse Leiloca, cruzando os braços. Lilica esfregou os seus doloridos braços. - Eu não sei do que é que vocês duas estão falando. - ela respondeu. O olhar gelado de Leiloca cortou através de Lilica como uma motoserra através de manteiga. - Bárbara Ana Coelho, nós já vimos você fazer coisas muito ruins. Mas como, ISTO é sem dúvida é a maior de todas, ou algo assim. Você está totalmente usando Lola e você sabe disso. Os olhos de Lilica cerraram-se quando o seu nome completo foi mencionado e fecharam-se quando ela ouviu o restante. - Muito bem, - ela começou, olhando para suas amigas. - Muito bem, eu admito. No início eu _estava_ apenas usando Lola para que eu pudesse ser popular de novo. Mas, as coisas são diferentes agora. Além do quê, vocês duas não podem negar que vocês estão um pouco com ciúmes dela. - Não, eu non posso negar que eu estou um pouco com inveja da aparência dela. Mas eu _nunca_ a usaria apenas para moi melhorar meu status, - a gambazette declarou. - Isto tipo, isto é totalmente baixo e algo, algo, que eu esperaria das garotas da Perfecto Prep, que é hediondo! - Leiloca ralhou. - Você devia, tipo, estar envergonhada de si mesma. - Olhem, eu tenho meus motivos para fazer isso, - Lilica disse desafiante. - E, tipo, quais poderiam ser? - Leiloca queria saber. A sua amiga coelha balançou a cabeça. - Nada que você compreendesse. - Tente, - pediu Fifi. A coelha rosa olhou longe e de volta para as duas garotas aguardando. - Esqueçam. Vocês não compreenderiam. Vocês apenas vão ter que aguardar e ver, assim como todo mundo. - Então isto é, tipo, o seu funeral. Venha, Fifizinha, - Leiloca disse, pegando Fifi pela pata. - Esperem um segundo! Eu pensei que nós estávamos indo fazer compras, - Lilica protestou. - Considere isto um exemplo do que você, tipo, está fazendo com Lola, declarou Leiloca enquanto ela e Fifi saiam andando pela calçada. Lilica suspirou, observando elas irem. - Se os seus mentores não estivesse mais por perto, elas iriam entender por que eu estou fazendo isso. = = = = = = = = = = Segunda-feira estava para ver o maior choque que já havia. Para Perninha, havia começado normal o suficiente. Lilica estava de volta andando com ele para a escola e ele ainda estava atrasado, como sempre. - Desculpa por estar atrasado, Lilica. Eu... quem é você? - ele perguntou para a lebre rosa que estava parada na frente dele. Ela sorriu, - Eu sou a nova Lilica Coelho. Perninha tinha que admitir, ela parecia com Lilica. Ela soava como Lilica. Mas, ela não estava vestida como Lilica! A toonette que estava na frente dele estava bem pouco vestida, na verdade. O top amarelo ficava pendurado meio livremente nos ombros dela, deixando a sua nua barriga com pelos brancos à vista. O seu calção roxo bem justo delineava bem o formato de seu corpo. A única coisa que não havia mudado era os laços nas orelhas. - O que você acha da minha roupa nova, Perninha? - Ela perguntou em uma agradável voz. - Eu, duh, um, isto é eu... uau! - Perninha mal conseguia gaguejar. Esta parecia ser a reação que ela estava aguardando, já que ela abriu ainda mais seu sorriso. - Vamos, - ela disse, pegando ele pelo braço, - Eu mal posso esperar para mostrar para a minha nova mentora o meu visual. - A sua nova o quê? - Perninha respondeu enquanto começavam a caminhar para a escola. - Eu pensei que a sua mentora fosse Doçura. Lilica apenas riu. - Ela era. Mas, aquela era eu _antigamente_. Você sabe, a imatura coelha de quem todos estavam cansados. Mas agora Lola é minha mentora e eu vou ser que nem ela. - E, Lola concorda com isto? - Perninha quis saber. - Bem... ela ainda não sabe. Mas ela vai adorar, - Lilica respondeu, tentando apertar o passo deles. - Espere um segundo, - Perninha disse, parando. - Esta repentina mudança não teria algo a ver com aquele dia na cafeteria, teria? - Ele olhou para ela. Têm, não têm? Você está fazendo isso só porque você quer a atenção que a Lola está tendo. - Não, - ela disse, tirando seu braço, - Eu estou fazendo isso porque eu quero uma mentora que esteja aqui _agora_ para eu poder trabalhar. Eu estou enjoada e cansada de ver vocês irem trabalharem com seus mentores enquanto eu tenho apenas filmes. Já que Lola parece ser o que todos querem, Lola é o que eu vou ser. - Mas, isto NÃO é quem você é, - Perninha protestou. - Você é Lilica. Você é engraçada. Você é extrovertida. Você, você é ótima da maneira que você é, ou era, - ele adicionou, rapidamente olhando a roupa dela novamente. O sorriso de Lilica sumiu, - Sim, certo. Então porque você disse que todos os meus atos são imaturos? - Bem, eles são, algumas vezes. Mas, este é o seu charme, - ele disse. - E, você está apenas com ciúmes devido a toda a atenção que eu vou ter, - ela fechou a cara para ele. - Eu finalmente tenho uma mentora de _verdade_ assim como todo mundo. Ela é agradável e popular e eu vou ser também. E, se você não gosta da idéia então você pode andar até a escola você mesmo. - Lilica quase gritou esta última parte enquanto ela virou-se de costas para ele. A coelha retomou seu caminho para a Loo aonde ela recuperou o seu bom humor pelas engasgadas e olhares que ela estava tendo de todos. Mesmo a maneira do Professor Elfrazino com ela pareceu mudar quando ele viu como ela estava vestida. Apenas esta manhã, ela teve nove convites para sair, sem mencionar a abundância de elogios! Mas, era a aula da tarde pela qual ela realmente estava aguardando. Lilica andou até o ginásio com uma bola de basquete debaixo do seu braço e um sorriso em seu rosto. Se ninguém mais, ao menos Lola iria gostar de sua nova roupa. Ela ficou radiante sobre os atônitos olhares que ela estava recebendo. O estridente som de um apito anunciou a chegada de Lola. - Certo, classe, - ela disse com firmeza, checando sobre sua prancheta. - Nós temos um m.. o.. n..t.. oh, minha nossa! - sua prancheta caiu no chão quando sua mãos foram ao seu rosto. - Lilica, o quê, o que você está VESTINDO? Agora, Lilica realmente estava sendo o centro das atenções e adorando cada minuto! - Eu apenas estou sendo como você, Lola. - ela respondeu. O coração de Lola estava obviamente na sua garganta. - O que você quer dizer em ser "apenas como eu", ela perguntou levemente. Lilica sorriu mais ainda. - Apenas como eu disse. Todos gostam de você. Já que isto é o que todos gostam, eu estou sendo que nem você. As engasgadas de surpresa e murmúrios terminaram tão logo Lola falou novamente. - Oh, então é por _isso_ que você queria tanto ficar em torno de mim? Apenas para você aprender a agir como eu e ser popular? - Seus olhos estavam visivelmente cheios de lágrimas. A sua voz tremendo enquanto ela continuava, - Bem, isto é realmente ÓTIMO, Lilica. Eu realmente aprecio ser usada para você recuperar seu status quo. Eu não posso acreditar que eu caí nessa! Pensar que você realmente queria que fossemos amigas. - Lola fez tudo o que podia para evitar de chorar bem ali. Ela saiu da frente de seus alunos. - Classe dispensada. - Ela rapidamente voltou para os vestiários. - Eu fiz! - Lilica chorou, - Quero dizer, eu faço! Eu quero dizer, oh, droga! Eu não sei o que eu quero dizer. Lola, espera! - Lilica correu atrás dela. Ela entrou no vestiário lentamente, imaginando aonde Lola poderia estar. Ela não estava na sua sala, ou nos chuveiros. Seguindo os soluços abafados, ela encontrou a bronzeada coelha sentada em um banco atrás dos armários. Sentindo-se realmente mal, Lilica engoliu em seco. - Lola? A coelha mais velha não se importou em olhar. - Me deixe sozinha, - ela soluçou, com o rosto atrás de suas patas com luvas. - Lola, eu, eu não quis dizer aquilo, - Lilica disse, engasgando novamente. Ela estava começando a sentir a necessidade de chorar também. Lola olhou para cima. Sua face com lágrimas estava cheia de raiva. - Bem, então o _quê_ você quis dizer? - ela exigiu. As orelhas de Lilica caíram sobre seus ombros quando ela abaixou a cabeça. - Bem, eu, eu queria dizer que... um, eu esperava que... vocêfosseminhamentora. Lola piscou, - O quê? Lilica gesticulava com suas patas, tentando não olhar para cima enquanto ela explicava. - BemvejaeucomeçeiapensarissoporqueDoçuranãoestámaisporaquietodomundo podeirtrabalharcomseusmentoresevocêmepareceumuitobemaquinaLooeeupenseique talvezseeuagissecomovocêentãovocêpodiaserminhamentora. - Você quer que EU seja a sua mentora? - gaguejou Lola, - Eu, eu não sei o quê... *porque*? - era uma pergunta razoável. A jovem coelha virou sua cabeça de lado, - É-é apenas que você é tão bonita e, eu tipo... eu não sei. Eu desejava ser desse jeito também... como você. - e as lágrimas começaram a cair. - Nossa, Lilica, - disse Lola, um pouco ruborizada, - Eu não posso ajudar apenas com a minha aparência. Honestamente, eu gosto de como eu sou, bem, não, isto não é certo. Eu desejava que eu *fosse* mais como você. Lilica olhou para cima até a coelha loira. - V-você gostaria? - ela perguntou entre as lágrimas. Lola acenou que sim, - Sim, realmente, eu gostaria. Veja, não é tão fácil ser eu como todo mundo pensa. Claro, eles gostam de mim. Mas, não da maneira com a qual eu gostaria de ser admirada. Lilica começou a se acalmar. - O quê você quer dizer? Lola suspirou, - Tudo que eu sou é a última garota do calendário. Todos gostam de mim por causa da minha aparência. Eles não se importam em ver o que há em mim. - Fazendo um doloroso olhar para o lado ela adicionou, - Não que eles tenham muito para admirar. Eu tenho as minhas habilidades em esportes, mas não se pode ir muito longe com esportes em desenhos. Minha aventura em filmes provou isto. Mas, eu _não_ vou deixar que isso me impeça, - ela disse em um tom determinado. - Eu estou fazendo o melhor que posso para rapidamente mudar isso. Se eu não fizer... eu vou ser esquecida rapidamente, assim como a maioria das outras garotas que trabalham na Warner Brothers. Apesar de eu amar ele tanto, eu vou mostrar para todo mundo que eu sou mais do que apenas a "namorada de Pernalonga". Eu vou provar para todo mundo que eu realmente mereço um *lugar* entre as lendas dos Looney Tunes, algo que nenhuma outra mulher jamais manteve antes, e eu posso conseguir isto se eu quiser. Mas você, Lilica, - ela disse pegando o queixo de Lilica na sua pata. - Você jamais vai ser esquecida. O que você têm é algo que eu espero um dia alcançar. Você têm o que as pessoas realmente podem se lembrar--- personalidade, a habilidade de fazer as pessoas rirem. O que mais elas podem querer? A expressão de Lilica brilhou. - V- verdade? - ela perguntou. - Verdade, - respondeu Lola, sorrindo. Ela abaixou-se perto de Lilica e sussurrou, - De fato, eu estive adicionando um pouco de toques "pessoais" em mim mesma. Lola deu um passo para trás. Com um nervoso sorriso em seu rosto, ela abriu seus braços. Ela repentinamente entrou em um giro, tornando-se nada mais do que um redemoinho dourado. Lola reapareceu vestida de Groucho Marx. Ela meneou suas sobrancelhas para Lilica. A espantada lebre olhou para ela, então esfregou seus olhos para ter certeza de que ela estava vendo isso. Lola piscou a ela, mantendo seu dedo em seus lábios em um silencioso "shhhhh." Sorrindo, Lola, girou de volta em sua roupa normal. - Isto foi... você pode... UAU! - Lilica engasgou. A madura coelha sentou- se novamente. - Apesar de eu odiar ter que dizer isto, eu não posso ser sua mentora. Uma vez que você já está tão na minha frente, - Vendo o lábio inferior de Lilica começar a descer, ela rapidamente completou. - Mas, eu fico feliz em ser sua amiga. - ela ofereceu sua pata para Lilica, que começou a apertá-la, e repentinamente colocando ela em um abraço. Depois de alguns segundos espantada, Lola retribuiu o abraço. - Eu realmente gosto disso, - veio a resposta abafada. - E, Lilica? - Sim? Lola andou para trás o suficiente para olhar para ela, - Saia já desta roupa! Não é você. Rindo, Lilica rapidamente girou rapidamente em sua velha blusa e vestido. - Muito melhor, - Lola sorriu. - A propósito, eu acho que isso significa que você vai sair da minha aula de educação física? Lilica balançou a cabeça, - Você está brincando? Com todo esse exercício que eu estou tendo, eu posso comer todo o bolo de cenoura que eu quiser e _ainda_ não ganhar nenhum peso! - ambas as garotas deram uma boa risada disso. - Diga, Lola, - Lilica disse, acalmando-se um pouco. - Nós nunca terminamos aquele nosso piquenique. A coelha bronzeada cerrou uma pensativa sobrancelha. - Hummmm, eu não tenho certeza, Lilica. A última vez que nós tentamos aquilo, você tinha algo planejado. Lilica enrubesceu um pouco. Ficando em pé, ela fez um ar solene e ergueu a sua pata direita, com a palma aberta, com a sua outra pata cruzando o seu peito. - Eu _prometo_ que desta vez eu não vou ter *nada* planejado. Fazendo um sorriso amigável, Lola perguntou, - Você está *certa* disto? - Eu estou certa. - Positivamente? - Absolutamente! - Absolutamente, completamente 100%, sem nenhuma possibilidade de estar errada, pode garantir que não há *NADA* mais planejado? - Uh... vai ter algum bolo de cenoura? - Lilica perguntou com um olhar esperançoso. Lola acenou que sim. - Então nem mesmo uma horda de selvagens fãs fanáticos vai poder me impedir de ir! - A jovem coelha declarou. - E eu posso ajudar você em alguns giros de interpretação e talvez com um truque ou dois. - A idéia de ajudar o sucesso de Lola soou atraente para ela. Colocando uma pata no ombro de Lilica, a loira lebre sorriu largamente. - É um encontro, Garota. - uma curiosa expressão veio ao seu rosto por um momento, assim que uma de suas sobrancelhas subiu. - Hummm.... - O quê foi? - Lilica perguntou, imaginando o que Lola poderia estar pensando. - Bem, já que nós estamos com um tempo livre desde que eu dispensei a classe... - Lola sorriu astutamente a ela, - ... o que você me diz de irmos "temperar" a aula do velho e bom Hortelino? Com um sorriso igual espalhando-se pelo rosto de Lilica pela sugestão, um facho bege e um rosa saíram rapidamente dos vestiários no instante seguinte indo em direção as salas de aula. Um ótimo e GRANDE obrigado é devido a Michael Demcio (RRQUEST@AOL.com) pelo maravilhoso trabalho de edição e sugestões que melhoraram esta história. Um obrigado especial vai para um maluco amigo, Gerald Blackwell (gandabla@pop.erols.com), pela edição do primeiro rascunho. Agradecimentos pela edição também vão para: BJ Bunny (busterb@dreamscape.com) e KeV Beeley (KeV@demon.faboo.co.uk). Obrigado, caras! Como sempre, todos os personagens de Tiny Toons e Looney Tunes são (C) 1998 Warner Brothers, Inc. Todos os direitos reservados. ----------------------------------------------------------------------------- Tradução para o Português por Leandro M. Pinto (renebunny@hotmail.com) 1o. Edição, 31/12/1998.