"Uma Mudança do Coração" por Gypsy, tcoleman@alaweb.com Uma Fanfic Original de Tiny Toon Adventures Personagens usados sem permissão 3-7-1997 1. Um outro dia amanheceu brilhante e ensolarado em Acme City. Leiloca Pataquada abria seus olhos vagarosamente enquanto os primeiros raios de luz atravessavam a sua janela. Enquanto ela se mantinha deitada no colchão onde ela dormira, um pensamento a importunou, um pensamento sobre algo que ela tinha esquecido. Então ela se deu conta do que era. Hoje era a noite do Baile dos Formados da Looniversidade Acme. Leiloca soltou um suspiro e se sentou. Ela vinha receando o Baile desde que ele fora anunciada há uma semana atrás. Como ela temia, durante toda a semana, Plucky Duck e Falador vinham atrás dela, cada um tentando convencê-la a irem ao baile com eles. E a verdade era que ela não estava afim de ir com nenhum deles. E para tornar as coisas piores, as suas amigas, Lilica Coelho e Fifi LaFume, iriam vir antes do baile, para as três se aprontarem juntas. Não que Leiloca se importasse com suas amigas, mas ela sabia que elas iriam importuná-la por ir ao baile com ninguém. Como se houvesse algo de *errado* em ir sozinha. Fácil para elas dizerem. Lilica saia regularmente com Perninha Coelho (não são parentes) por anos, e Fifi parecia estar de caso firme com Presuntinho. Leiloca era a única garota do pequeno grupo sem um namorado. Leiloca levantou-se com um suspiro, vestiu seu suéter rosa, e começou a cuidar dos cachos de seus cabelos. Enquanto atava um grande laço rosa, ela examinou seu reflexo no espelho. Por que ela não podia atrair a atenção de outros caras além de Plucky e Falador? Depois de um café-da-manhã de salada e água pura, Leiloca pegou seus livros, despediu-se de sua mãe, e deixou sua grande e velha casa, caminhando em direção à Looniversidade Acme. 2. Assim que pôs os pés na Looniversidade, Lilica e Fifi vieram correndo de encontro a ela. - Lêi-loca! - Fifi gritou extasiada. - Você está ou não, como vous dizem, excitada com o baile de hoje à noite? - Tipo, sim, claro. - Leiloca replicou sem muita convicção. - Lêi? - perguntou Lilica, parecendo um pouco preocupada. - Por que você não vai ao baile com Plucky ou Falador? Eles não são os melhores do mundo, mas ao menos são uma *companhia!* Leiloca apenas sacudiu a cabeça. Em classe, ela sentou-se em uma carteira perto de uma janela aberta. Seu coração ficou pequeno quando viu Plucky e Falador entrarem na sala juntos. Ela esperava ver os dois discutindo entre si como vinham fazendo durante toda a semana, mas não estavam. - Hey, Lêi! - bradou Falador enquanto sentava-se ao lado dela. - Então, você mudou de idéia quanto a ir ao $%#$% do baile hoje à noite? - Tipo, não. Eu vou sozinha ou algo assim. - Leiloca respondeu. - Ah, vamos, Lêi, tenha coração! - suplicou Falador. Leiloca deu as costas para ele e olhou Plucky de relance, esperando que o pato reclamasse também. Mas ele apenas deu a ela um simples sorriso e caminhou até o final da sala para sentar-se com alguns amigos. Leiloca ficou surpresa por ele não ter-se sentado atrás dela, como toda as vezes na semana. Muita sorte dela estar em classe separada de Lilica e Fifi, deixando-a sem ninguém com quem sentar junto. O almoço foi bem pior. Lilica e Fifi sentaram-se juntos de seus namorados, em honra do baile, e apesar deles a terem convidado a juntar-se a eles, ela sabia que ela não era realmente desejada lá. Então, Leiloca almoçou sozinha. Inicialmente, ela ficou com medo que Falador viesse e se sentasse com ela, mas ela logo lembrou que ele estava em detenção na hora do almoço por falar palavrões em aula - como todo dia. E Plucky já estava sentado com o Coiote Coió e Frajuto, os únicos que não tinha companhia. No meio do almoço, Leiloca viu Perninha levantar-se da mesa em que ele e Lilica estavam sentados, e ir até a mesa de Plucky. Os dois garotos conversaram por um minuto, então Perninha voltou e novamente se juntou à Lilica, que o olhou interrogativamente. "Estranho", pensou Leiloca. Quando a sirene tocou indicando o fim do almoço, Leiloca foi novamente importunada pelo Falador. - Oh, por favor, Lêi! Por favoooooor? - ele implorou. Leiloca odiava ser rude, mas ela já estava cheia dele. - Tipo, NÃO! - berrou. - Eu *não* vou para esse baile idiota contigo. Você é, tipo, estúpido ou algo assim? Os olhos de Falador encheram-se de lágrimas, e ele saiu cabisbaixo. - Desculpa, Lêi. - balbuciou - Tipo, ultra-péssimo karma, Leiloca. - sua aura disse a ela. - Eu sei, - Leiloca disse calmamente. - Mas eu estou *cansada* dele. Ela foi até seu armário e o abriu para apanhar seus livros para a próxima aula. Dentro, algo lhe chamou a atenção e ela achou uma bela rosa. Não havia nenhum bilhete nem nada. Ela desconfiou rapidamente do Falador, mas logo ela percebeu que ele não tivera a oportunidade colocá-la ali. Então... Plucky? Mas isso não era de seu feitio. Leiloca pôs cuidadosamente a rosa de volta em seu armário, decidida a não contar à Lilica ou à Fifi sobre isso. Mas quem pôs a rosa lá? 3. Depois da aula, Leiloca novamente encontrou um presente em seu armário. Desta vez era um magnífico anel prateado. Ela o contemplou, então teve uma idéia. Talvez se ela usasse o anel, quem o tenha deixado poderá dizer alguma coisa sobre ele. A última aula do dia foi História dos Cartoons 101, dada pelo professor Pernalonga. Lilica e Fifi também estiveram na aula; assim como Perninha, Presuntinho e Plucky. Como sempre, o grupo todo sentou-se junto, mas hoje Leiloca queria sentar-se sozinha. Entretanto, assim que entrou na sala, Fifi a pegou pelo braço e a conduziu até o final da sala. - Sente-se comigo, Lêi, assim podemos, como vous dizem, fofocar sobre o Baile. - disse Fifi alvoroçada. Leiloca amavelmente sentou-se na única carteira vazia, a qual estava entre Fifi e Plucky. Leiloca estava tão absorvida em seu dilema que ela não notou a troca de olhares entre Plucky e Perninha, nem as piscadelas que os outros toonsters trocaram. Apesar do pedido de Fifi, a gambá conversou com Lilica durante a aula inteira. Leiloca foi deixada sozinha de novo, imaginando por que Plucky estava sentando no final da fila. Geralmente ele se sentava entre Perninha e Presuntinho. Leiloca estava meditando perto do final da aula, tentando rearranjar seus nervos. Entoando seu mantra, ela olhou para Plucky e viu que ele estava olhando para o anel em seu dedo. Ele olhou para ela, ruborizou-se e desviou o olhar. - Plucky - Leiloca começou, então parou. Ele voltou-se para ela esperançosamente, mas ela sacudiu a cabeça. - Tipo, nada não. - ela disse. Antes de ir á sala de estudos, Leiloca voltou ao seu armário, esperando que lá houvesse alguma nova pista, mas não havia nada. Desapontada, ela pegou seus pesados livros e os carregou consigo para a sala de estudos. De repente, a voz de Plucky quebrou sua concentração. - Oi, Lêi. - ele disse calmamente. "Oh não, lá vem!", pensou Leiloca, mas ela apenas disse: - Tipo, oi, Plucky. - Você... hã... gostaria que eu... eh... carregasse seus livros para você? - gaguejou Plucky nervosamente, fazendo menção de pegar os livros. Ela o fitou, chocada com o fato de Plucky Duck, de todas as pessoas, estar sendo gentil com ela. Ela se recuperou do choque, e disse: - Tipo, claro, se não for incômodo ou algo assim. - Não o bastante. - disse Plucky pegando os livros dela. Quando entraram na sala, Lilica, Perninha, Presuntinho e Fifi trocaram olhares cúmplices, mas Leiloca não notou. Ela caminhou até seus amigos, nervosamente evitando onde Falador estava sentado. - Olá, Lêi. - Lilica cumprimentou enquanto Leiloca e Plucky sentavam-se juntos. A coelha abrira a boca para dizer algo mais, mas professor Frangolino, que estava cuidando da sala de estudos este dia, interrompeu. - Quietos, eu disse, quietos, ouviram? - berrou. - Calem seus bicos e estudem! Leiloca abriu seu livro de história mas não conseguia se concentrar em seu dever de casa. De repente, um pequeno pedaço de papel dobrado caiu em seu livro e ela olhou nos olhos de Plucky. Ela abriu o bilhete. Tinha escrito: "Querida Leiloca, Gostou da rosa? Plucky" Então *foi* Plucky que tinha deixado a rosa, pensou Leiloca. Ela mal acreditou. Ela rabiscou uma resposta no pedaço de papel e estava prestes a passar de volta ao Plucky. - Leiloca, ah Leiloca, traga-me este bilhete aqui! - vociferou Frangolino. O coração da Leiloca encolheu-se. Frangolino era notoriamente desagradável com passadores de bilhetes. De repente, Plucky levantou-se. - Professor Frangolino, foi minha culpa, Senhor, - disse ele. - Eu dei o bilhete a ela. Professor Frangolino olhou Plucky fixamente, como que surpreso por ele estar se oferecendo para assumir a culpa de algo. - Bem, traga o bilhete aqui, filho, - ele disse. Plucky pegou o bilhete da Leiloca e caminhou até a frente da sala. Professor Frangolino desdobrou o bilhete e o leu, mas em silêncio. O coração de Leiloca voltou a bater mais forte. Talvez ele não fosse lê-lo em voz alta. Então ele entregou o bilhete de volta ao Plucky. - Sendo esta uma sexta-feira e coisa e tal, eu vou lhe dar apenas uma meia hora de detenção. - o professor falou lentamente. - Mas na próxima vez... - Frangolino atravessou a garganta com um dedo em riste... - Obrigado, senhor. - arfou Plucky em alívio enquanto voltava rapidamente para sua carteira. Depois da sirene, Leiloca, Lilica e Fifi desceram as escadas juntas. - Pronta para ir para a sua casa, Lêi? - perguntou Lilica. - Tipo, na verdade, Lilica, - disse Leiloca rapidamente, - Eu tipo, preciso me rearranjar ou algo assim, então eu vou, tipo, dar uma caminhada pela, tipo, floresta ou algo assim, então está tipo ok ou algo assim? Lilica e Fifi trocaram sorrisos. Elas sabiam que quando sua amiga falava daquela maneira é que ela estava bastante nervosa. - Ok, Lêi, nós vamos nos encontrar lá pelas cinco, tudo bem? - Ok. - disse Leiloca aliviada. Depois que as outras duas garotas saíram, Leiloca rapidamente virou-se e voltou para a Acme Loo. 4. Enquanto Plucky caminhava desanimado vindo da sala do Professor Frangolino, ele pensava que todo o trabalho duro não deu em nada. Quando Perninha sugeriu que se ele fosse ultra-gentil para a Leiloca por um dia pudesse ganhá-la, Plucky achou a idéia ridícula. Então ele pensou que talvez valesse a pena já que nada que tentara antes deu certo. Mas então ele não teve a chance de convidá-la. "Se Lilica e Fifi não fossem para a casa dela", ele pensou, "eu poderia me encontrar com Lêi." "Mas eu *não* vou convidá-la na frente *delas*!" Ele já estava descendo as escadas da Looniversidade quando ele viu Leiloca indo em sua direção. Ele piscou os olhos, atônito, os esfregou, e beliscou ele mesmo, mas ela ainda estava lá. - Hey, Lêi! - ele falou surpreso. - Tipo, oi, Plucky. - ela disse nervosamente. - Por que você voltou? - Plucky perguntou enquanto desciam juntos as escadas da Acme Loo. - Eu pensei que você ia se arrumar para o baile junto com a Lilica e Fifi. - Elas virão mais tarde. - disse Leiloca. Ela engoliu em seco, então continuou. - Eu, tipo, gostaria de agradecer por ter levado o castigo por mim. - Ah, não foi nada. - disse Plucky todo orgulhoso. - Foi apenas meia hora. Estou surpreso por não ter sido pior. - Mas você não sabia se ia ou não ia ser pior. Ele deu de ombros. - Bem de qualquer maneira, foi minha culpa. Eu não devia ter dado aquele bilhete para você. Leiloca falou calmamente: - Eu também gostaria de perguntar uma coisa. - Sim? Leiloca virou-se para ele. - Eu gostaria de saber se você tipo já tem companhia para o baile ou algo assim. Ele sacudiu a cabeça. - Você vai mesmo ao baile? - Sim, claro. Nunca perco uma chance me divertir. - ele riu. Este era o grande momento. Se, algumas horas atrás, Leiloca tivesse visto seu futuro e visto ela fazendo isso, ela pensaria que sua bola de cristal precisava de um polimento de Vidrex. - Tipo, hã... eu gostaria... hã... imagino se você ainda, tipo, gostaria de ir, tipo, ir ao baile comigo... ou algo assim. - terminou fracamente. Plucky não podia acreditar em seus ouvidos. *Ela* estava convidando ele! O plano de Perninha *funcionou*... - Claro! - ele respondeu alegre. - Eu digo, eh... sim, se você quer - ele rapidamente acrescentou com a voz mais calma. - Então... eu te pego às sete? - Ok, - disse Leiloca. Ela sorriu para ele. - Tipo, vejo você mais tarde, Plucky. Ela flutuou em direção à sua casa enquanto Plucky a observava, maravilhado. Então ele decolou correndo até sua casa. Ele atravessou a porta de sua casa e correu até o telefone. - Perninha? - ele arfou, sem fôlego. - Ah, olá, Plucky, - veio a voz do coelho pelo fone. - O que que há?. - Funcionou! - o pato berrou. - O que que funcionou? Ahh, o plano! Legal! Quando você convidou ela? - Esta é a melhor parte! Não convidei. *Ela* me convidou! - gritou Plucky. - Beleza. Eu e Presuntinho iremos a casa dela mais ou menos às 6:30 para pegar as outras garotas. Quer vir? - Certo - disse Plucky. - Eu a irei pegar um pouco mais tarde, mas eu deverei ir com vocês dois também. - Então, tchau - disse Perninha. - Ah, e Plucky? - Sim? - Não hiperventile. - disse desligando o fone. Leiloca entrou em casa e foi até a cozinha. - Tipo, mãe? - ela chamou, sem resposta. Então Leiloca viu um bilhete pregado na geladeira. Tinha escrito: "Leiloca, Tive de sair da cidade à negócios - desculpe, não pude esperar. Divirta-se hoje a noite, e diga olá para as garotas por mim. O tofu está na geladeira. Com amor, Mãe" Leiloca soltou um suspiro. Ela queria dividir as boas novas com alguém, e por algum motivo, ela achou que Lilica e Fifi não seriam as pessoas certas para isso. Leiloca flutuou pelas escadas até seu quarto. De repente, algo lhe ocorreu, e ela começou a remexer uma grande cesta cheia de papéis - bilhetes da Lilica e da Fifi, velhos testes, uma quinta página, uma carta de amor do Falador *bem* detalhada. Finalmente ela encontrou o que estava procurando. Era uma foto do Plucky que ele lhe dera no início do ano, crente que ela a queria. Ela não queria, e prontamente a esqueceu. Agora ela estava feliz por ter ficado com ela, em vez de tê-la jogado fora. Examinando a foto, ela ficou imaginando se Plucky tinha realmente mudado para melhor. 5. Prontamente ás cinco, Lilica e Fifi apareceram na casa da Leiloca. - Bonjour, Lêi. - cumprimentou Fifi, soltando um suspiro apaixonado. - Ah, estou tão excitada, eu mal posso esperar pela dança. Presuntinho é tão doce comigo. Toda satisfeita consigo mesma, a gambá subiu as escadas até o quarto da Leiloca. Lilica a olhou compreensivamente. - Ela está assim a tarde toda. Vamos! Vamos nos arrumar. Uma hora depois, as três estavam todas prontas. Fifi estava especialmente linda, pensou Leiloca. A adorável gambazete vestia uma vestido rosa claro com ombros baixos e uma longa saia. Ela pôs flores em seus cabelos e agora estava sentada com uma sonhadora expressão em sua face. Lilica estava vestindo um simples e belo vestido negro com alças e laços negros em suas orelhas. Leiloca examinou seu próprio reflexo. Seus cabelos loiros estavam baixados, exceto por seu curvo topete, e ela usava seu tradicional laço no cabelo, mas seu vestido estava bem diferente de suas costumeiras roupas: era azul claro e sem mangas, com uma saia longa. Leiloca achou que estava bonita, mas era o bastante para Plucky prestar atenção nela? Ela ainda não falara nada para Lilica e Fifi sobre seu encontro, e ela não tinha intenção de dizer também. Ela estava feliz por Plucky vir depois que as outras garotas tiverem saído, assim ela não precisava se explicar. No baile, ninguém iria pensar em lhe perguntar. Mas às 6:30, quando Leiloca atendeu a campanhia e abriu a porta, ela ficou chocada ao ver Plucky com Perninha e Presuntinho. Engolindo em seco, ela os deixou entrar. Lilica e Fifi vieram, e Perninha e Presuntinho surpreenderam-se com a beleza de suas companhias. - Ei, Plucky. - disse Lilica repentinamente. - O que está fazendo aqui? Plucky respondeu gentilmente: - Estou aqui para levar Leiloca ao baile. Lilica e Fifi fitaram sua amiga. - Lêi! Por que não nos disse? - Ora sua... - começou Lilica, então ela explodiu em risos. Todos se juntaram às risadas - Tipo alguém quer beber algo antes de irmos? - perguntou Leiloca educadamente. - Claro, eu gostaria de um suco de cenoura. - Perninha disse. - Sim, eu também. - disse Lilica. - Eu quero um pouco de água - disse Fifi, que estava observando Presuntinho apreciavelmente. - E-e-eu tam-também - gaguejou Presuntinho, incapaz de tirar seus olhos da Fifi. - Ok. - disse Leiloca, dirigindo-se até cozinha. - Eu vou dar uma mão, Lêi - ofereceu-se Plucky rapidamente enquanto seguia Leiloca. - Então, funcionou, hein? - Lilica perguntou ao Perninha quando os dois patos saíram. - Sim, com certeza. - riu Perninha. - Presuntinho, diz, tudo bem, cara? Presuntinho fitava Fifi, com uma distraída expressão. - Presuntim! - berrou Lilica. - Hã? O quê? - o porco olhou ao redor, desnorteado. Perninha e Lilica estouraram em risos, e Presuntinho olhou para os dois zangado. - Non se preocupe com eles, mon petite porquin, - gotejou-se Fifi envolvendo Presuntinho em seus braços. - A noite de hoje é *nossa* noite. Lilica cutucou Perninha. - Vamos, garoto azul. Acho que deveríamos ver como estão Leiloca e Plucky. Perninha riu. - Boa idéia. Na cozinha, Plucky via Leiloca preparando as bebidas. - Você está muito bonita, Leiloca, - ele lhe disse. - Tipo, obrigada. Você acha mesmo? - Sim, claro. - Lilica disse que gostou dessa cor em mim. Ela... - O que tem a Lilica? - perguntou a coelha rosa quando ela e Perninha entraram na cozinha. - Eu estava tipo falando ao Plucky que você gostou do meu vestido. - Ah, ok. - riu Lilica. - Você devia guardar a garrafa d'água. Está havendo uma improvisada cena de amor na sala. Leiloca riu. - Tipo é verdade, devemos ir logo ou algo assim. Já está quase na hora. - Vou chamar os pombinhos. - disse Perninha. - Vamos começar a festa! 6. Os três casais chegaram ao ginásio da Looniversidade Acme no momento em que o baile estava começando. O ginásio estava decorado com serpentinas e balões, e a Banda Elástica da Malucolândia estava tocando música. Havia uma multidão de toons aglomerados. - Oh, Presuntin - arfou Fifi. - Isto é, como vous dizem, *fantastique*! Vamos dançar... - ela arrastou o encantado porco consigo. - Vamos, Perninha. - disse Lilica. - Dançar parece ser uma boa idéia. Quando eles se afastaram o bastante de Leiloca e Plucky, Perninha virou-se para Lilica. - O que há, Rosa? Você sabe que não sei dançar. - O-la-á. - riu Lilica. - Terra para Perninha. Quero deixar aqueles dois a sós. Eu acho que Leiloca precisa se familiarizar com o *novo* Plucky. - Você está certa, Lilica. Só uma coisa... você acha que Plucky *realmente* mudou? Ou ele está usando seu "novo eu" apenas para tê-la por uma noite? - Eu duvido... ele parece bem sincero. - disse Lilica, olhando para as duas aves. - Sim... mas é de *Plucky* que estamos falando. - disse Perninha. Lilica deu de ombros. - Bem, a única maneira de descobrirmos é esperarmos. - Ela deu um sorriso travesso. - E enquanto esperamos, eu ensinarei você a dançar! - Então, Lêi. - disse Plucky. - Você quer alguma coisa para beber? - Tipo, não, tô legal. Mas é tipo muito gentil de sua parte perguntar. - Ela deu um deslumbrante sorriso para ele. - V-verdade? - Plucky levitou a alguns centímetros do chão, então veio de volta à Terra, bancando o gente-fina. - Então, quer dançar, baby? - Tipo, claro, gentil cavalheiro. - Leiloca respondeu, mesmo não se importando por Plucky tê-la chamado de "baby". Enquanto eles se requebravam, Plucky olhou dentro dos grandes olhos azuis de Leiloca e se perguntou se havia realmente ganho ela. Ele abriu a boca para falar, mas foi interrompido por uma repentina comoção. Leiloca virou-se, e seu coração encolheu. Lá, no portão do ginásio, estavam suas duas piores inimigas: Gizele e Jasmine, duas cisnes de suas aulas de balé. Gizele queria se vingar de Leiloca desde que Lilica arruinara a dança de abertura das duas. Sua melhor amiga, Jasmine estava pronta para ajudar. Para tornar as coisas piores, ambas as garotas estavam absolutamente magnificas. Gizele caminhou vagarosamente até a Leiloca, com Jasmine em seu encalço. Uma multidão de toons, a maioria de olhos masculinos esbugalhados, as seguiu. - Ora, ora se não é a garota mística. - ronronou Gizele. - E, tipo, seu sotaque totalmente falso - completou tirando um sarro do jeito de falar de Leiloca. - Oi, Gizelle. Oi, Jasmine. - Leiloca disse, tentando não demonstrar nervosismo. - OhmeuDeus, e ela tem *companhia*! - Jasmine berrou em fingida surpresa. - Ora, Leiloca. - continuou Gizelle - Então você conseguiu um belo pato para ser seu par de hoje à noite? - Claro! - disse Jasmine, batendo na testa uma mão de unhas bem-feitas. - Ela deve ter feito nele uma lavagem cerebral com seus poderes mentais. - Oh, claro, eu já devia saber. Que tola eu sou. - Gizelle voltou-se para Leiloca. - Oh, Lêi, leia minha sorte, por favor? Por favor, por favorzinho? A multidão inteira começou a soltar risadinhas. Leiloca ficou chocada ao ver que até mesmo Lilica e Fifi riam escondendo com as mãos, apesar de terem parado quando ela as notou. Leiloca nem mesmo olhou para Plucky. - Eu posso prever o futuro também, Gizele - Jasmine disse com um sinistro sorriso. - Oh, é mesmo, Jasmine? - perguntou Gizele afetadamente. - Oh sim. Eu prevejo que a mística terá uma *péssima* noite. - Aposto que você está certa, Jasmine. - a outra cisne disse com rancor. - Embora, eu ache que ela não precisa de *nossa* ajuda. Afinal, nós somos meras mortais. Mas para nossa querida Leiloca, que passou por tantas vidas, parece que ela precisa de noções de moda. - Oh sim, verdade, Gizele. É sempre... interessante quando uma garota de dezesseis anos usa um laço no cabelo. Leiloca se sentiu mortificada. Sentiu lágrimas prestes a verterem de seus olhos, mas sabia que se começasse a chorar, aquilo não iria ter fim. Quis soltar um raio nas duas cisnes, mas por causa de seus insultos, sentiu todo seu poder drenado. Até mesmo sua aura pareceu tê-la abandonada. Leiloca olhou para Lilica e para Fifi e a todos os toons restantes. Nenhum deles ofereceu alguma ajuda. - Eu acho que a garota mística está chateada, Jasmine. - Gizelle disse com os olhos arregalados. - Oh, querida Gizelle. Nós não queremos isso. Ela pode nos *ferir*. - Ela pode usar sua *aura* para nos machucar! - Gizelle disse sem conseguir ser franca. Explodiu em risos, junto com todos os outros. A única coisa que Leiloca conseguiu pensar em fazer foi sair. Virou-se e andou para o portão. Ao sair, esperou até seu rosto esfriar. Então olhou para dentro do ginásio. A multidão ainda estava ao redor das cisnes, ma já havia esquecido a Leiloca. Os garotos estavam flertando as duas, e as garotas rangiam os dentes. Leiloca viu que Jasmine estava sentada com Falador em seu colo, pondo uvas na boca dele. Então Leiloca viu Gizele... com Plucky! A cisne tinha posto um braço ao redor do pato e acariciava as penas dele com o outro. Leiloca irrompeu em lágrimas e correu para casa. 7. Leiloca entrou abatida em casa, desejando de todo o coração que sua mãe estivesse em casa. Sempre que ela tinha algum problema que ela mesmo não podia resolver, ela procurava a ajuda da mãe. Mas agora, quando Leiloca mais precisava, ela não estava lá. Naquela noite, Leiloca chorou sozinha até dormir, e quando acordou no dia seguinte, ela não se sentia nenhum pouco melhor. Ela ficou em casa durante o final de semana inteiro, e verificava todos os telefonemas no caso de ser de um de seus amigos. O telefone tocou oito vezes no sábado. Um foi um vendedor de cartões de crédito, dois foram do Falador, e os outros cinco foram do Plucky pedindo a ela para que o telefonasse de volta. Ela não o fez. Domingo, o telefone tocou dez vezes. Duas foram do Falador. As outras oito foram do Plucky. Domingo à noite, Leiloca olhou para seu reflexo no espelho e de repente um plano lhe veio à mente. Se todos seus amigos pensavam que ela agia e se vestia de forma infantil, bem, então, ela deveria mudar. E ela mostraria a eles que ela não precisava deles. Ela estava bastante aborrecida com Plucky estar com Gizele. "Logo quando eu percebi que eu o amava", ela pensou. Leiloca deu um salto. Mas o que deu na cabeça dela?!? Mas ela percebeu que *realmente" amava Plucky, apesar de sua arrogância e egoísmo, e aquela nova atitude dele era apenas uma desculpa para ela se entregar a ele. E agora ela o perdera para uma outra garota. "Tudo minha culpa", pensou Leiloca. "Eu deveria ter contado a ele antes." Mas as coisas estavam prestes a mudar agora. Ela faria Plucky se arrepender por tê-la abandonado. Ela faria com que todos se arrependessem. Segunda de manhã, Plucky, Perninha, Presuntinho, Fifi e Lilica estavam no hall da Acme Loo, conversando. - Fico imaginando se a mística ainda está aborrecida. - disse Lilica. - Ela não respondeu nenhum de meus telefonemas. - disse Plucky tristemente. - Oh, eu nem mesmo tentei falar com ela. - disse Lilica. - Moi também não. - completou Fifi, que então riu. - Foi engraçado ver aquela Gizele falar. Leiloca, como vous dizem, perdeu as estribeiras. - Ela não perdeu coisa nenhuma. - Plucky retrucou asperamente. - Vocês, caras, foram muito ruins ao rirem dela. - Você realmente sentiu por Leiloca, não foi Plucky? - disse Lilica surpresa. Plucky corou. - Eu apenas... - Uau! - Plucky foi interrompido pelo Perninha. - Quem é a gata? Ele foi prontamente atingido na cabeça por uma marreta, cortesia da Lilica. Uma atraente ave de desenho caminhava pelos corredores. Ela tinha um longo cabelo loiro até a cintura e vestia um top e uma mini-saia. Ela usava maquiagem bem carregada. Perninha e Presuntinho a fitavam, para o desgosto de Lilica e Fifi. - Olá. - disse Perninha ignorando o olhar furioso que Lilica lançara a ele. A garota apenas olhou Perninha de soslaio e disse "Com licença" antes de passar por ele. Todas as cinco cabeças a acompanharam caminhando. Então, para a surpresa dos toons, a atraente garota caminhou até o armário da Leiloca. - L-Leiloca? - gaguejou Presuntinho. Leiloca virou-se para eles e disse friamente: - Sim, eu sou a Leiloca. - O que aconteceu com você? - perguntou Lilica em assombro. - Por que você está falando, como vous dizem, normalmente? - Fifi perguntou. Leiloca olhou para eles por um longo instante, e então disse: - Eu cresci. 8. Leiloca os ignorou por toda a semana. Ela se sentava sozinha, ignorando todos. Ela até conseguiu ignorar Falador que babava atrás dela e que não teve detenção durante a semana inteira - ele estava extasiado demais para falar palavrões. Na sexta, Leiloca esgotou seu esmalte negro, o qual usara durante a semana toda, então ela foi ao shopping para comprar mais. Ela apressou-se até a loja, esperando não encontrar ninguém, mas seu coração encolheu quando ela viu um grupo de garotas da Acme Loo: Lilica, Fifi, Maria Melodia, Sweetie e até mesmo Felícia. - Ei! É aquela patinha branquinha, lindinha e esnobinha! - Felícia berrou bem alto. Lilica e Fifi cochicharam juntas, e Maria e Sweetie trocaram olhares. Leiloca as fitou, seu rosto sem expressão, até elas desviarem os olhares embaraçadas. Leiloca voltou a caminhar, percebendo tarde demais que Gizele e Jasmine estavam sentadas em um banco mais a frente com dois garotos: o namorado de Jasmine, Steve, e um outro que Leiloca nunca vira antes. - Leiloca! - chamou Gizele. Leiloca calmamente se virou e encarou seu problema. - Ei, garota. - a cisne disse com desacostumada simpatia. - Eu soube que você passou por uma mudança radical. Você está ótima! - Obrigada. - disse Leiloca cautelosa. - Mas você mudou mesmo! - disse Jasmine seriamente. - Você sabe, espero que não tenha... nenhum sentimento ruim ou o que for por causa da semana passada. - disse Gizele amigavelmente. - Nós apenas estávamos tirando um sarro de você... Você sabe como nós garotas somos! - disseram abafando um riso. - E nós gostaríamos que viesse e se juntasse a nós. - continuou Jasmine. - Você já conhece Steve, é claro. - disse Gizele. - E este é meu irmão, Gordon. Há tempos ele vem esperando conhecê-la. - E como ele não tem uma namorada, nós pensamos que você pudesse fazer companhia a ele. - terminou Jasmine. Leiloca olhou Gordon maravilhada. Um grupo de *cisnes* queria que ela se juntasse a ele! E Gordon, um dos caras mais bonitos que Leiloca já tinha visto, gostaria de sair com ela. Leiloca estava prestes a dar a mão ao Gordon, mas então ela notou o anel de Plucky em seu dedo. Durante toda a semana, ela não teve coração o bastante para tirá-lo. Uma grande dor a atingiu e ela sentiu lágrimas em seus olhos. - Não, me desculpe, mas eu já tenho planos. - ela disse bem calma. - Mas obrigada pela proposta. - Os olhos de Gizele se estreitaram e ela abriu a boca para falar, mas foi interrompida. - Leiloca! - berrara uma voz. Leiloca virou-se e viu Plucky correndo em sua direção, e ela sabia que não podia mais adiar isso. - Leiloca. - ele ofegou, alcançando-a e ignorando totalmente as cisnes. - Por favor, fale comigo. Eu não consigo entender por que está tão brava comigo. Leiloca abriu sua boca, mas Plucky adiantou-se. - Deixe-me terminar antes que você solte um raio em cima de mim. Eu sei que eu já fui egoísta, estúpido e um panaca para você, mas eu mudei agora, mudei mesmo. Eu não quero mais que fique com raiva de mim, e eu gostaria que você fosse minha namorada mais que qualquer coisa no mundo. Eu te amo, Leiloca. Ela o fitou. - Mas por que esteve com Gizele na semana passada? Ele a olhou sem expressão. - Eu não estive. - Mas no Baile... - Não foi idéia dele, Leiloca. - interrompeu Gizele. - Foi minha. Eu estava flertando ele. Ele queria ir atrás de você, mas eu fiz ele ficar. - A cisne ficou cabisbaixa - Me... me desculpe. - Então Gizele virou-se e saiu rapidamente dali, fazendo que com os outros cisnes saíssem apressados atrás dela. Leiloca voltou-se ao Plucky. - Desculpe, Plucky. Eu fui cruel com você, e não foi sua culpa. Eu sei que os outros riram de mim, mas você não... e bem, eu tipo tirei conclusões precipitadas sobre você e Gizele. Eu acho que eu fiquei com ciúmes ou algo assim. E, tipo, eu realmente, realmente peço desculpas e eu, tipo, gostaria que me perdoasse. - Ela percebeu de repente que voltou a falar com a sua velha maneira de falar e ela apertou o bico com a mão. - Claro que eu perdôo você, Lêi. - disse Plucky. Ele sorriu para ela. - E eu gostava de você do jeito que você era antes. Na verdade, eu prefiro você como antes. - Você... você, tipo, tem certeza disso, Plucky? - ela perguntou de repente. - Certeza de quê? Que eu gostava mais de você como antes? Claro q... - Não, que você me ama. Ele piscou para ela. - Claro que eu tenho certeza! Eu pensei que agora você já soubesse... Ela sacudiu a cabeça, rindo de si mesma. - Não! Eu apenas pensei que você... tipo, queria alguma emoção barata ou algo assim. Eu nunca soube... Então ela o envolveu em seus braços repentinamente. - Eu também te amo, Plucky. - Isso significa que você quer sair comigo? - Tipo, claro. Ele sorriu para ela. - Legal! E nós podemos começar hoje á noite? - Tipo, não estou com muita vontade de sair hoje á noite... - Tudo bem. Eu entendo. - ele disse, um tanto desapontado. - ...Mas se quiser ir em casa, assistir um filme, você pode. - ela completou. - Mesmo? Digo, claro. Eu até mesmo deixo que você escolha o filme. Leiloca levantou uma sobrancelha. - Tipo, se quiser vir comigo, saiba que eu sempre alugo o mesmo filme. 9. Mais tarde naquela noite, Leiloca, de volta ao seu habitual suéter e laço no cabelo, sentava-se com Plucky no sofá, assistindo ao final de "Carrie - A Estranha". Depois que terminou, Plucky viu que Leiloca dormia em seu ombro. "Agora é minha chance de beijá-la", pensou ele. "Ela nunca saberá...". Mas parou ali. Depois de toda a encrenca que ele teve para ganhar a confiança de Leiloca, ele não ia quebrá-la agora com um beijo roubado. - Lêi, acorde - ele disse gentilmente. - O filme acabou. Leiloca abriu os olhos e sorriu para si mesma. Este foi o último teste da nova atitude de Plucky. O velho Plucky não desperdiçaria uma chance dessas com ela. Agora ela sabia que podia confiar nele sem medo. Ela virou-se para ele. - Eu te amo, Plucky. O coração de Plucky bateu forte. Nunca quatro palavras significaram tanto para ele. - Eu também te amo, Lêi. Ela inclinou-se um pouco e o beijou gentilmente. Do lado de fora, Perninha, Lilica, Fifi e Presuntinho preparavam sua munição. - Ok. - disse Lilica. - Primeiro enrolamos as árvores com esses rolos de papel-higiênico, e então jogamos os ovos na casa, certo? - Certo! - disse Perninha - Isto irá ensinar a Leiloca a ser, como vous dizem, menos esnobe - declarou Fifi. - Esperem - disse Perninha. - Deixa eu ver se a barra está limpa. Ele andou na pontas dos dedos até a janela e olhou para dentro. Lentamente, um sorriso se formou em seu rosto. - Venham cá. - ele sussurrou, sinalizando para os outros. Todos se juntaram a ele na janela. Dentro, eles viram Plucky e Leiloca abraçados, beijando-se apaixonadamente. - Olhem só pra isso. - disse Presuntinho. - Oh, que romântico! - arfou Fifi. - O que vocês acham? - perguntou Lilica. - Bem, turma, - disse Perninha. - Parece que aprendemos uma lição. Nós *fomos* realmente maus com Lêi. Plucky, pela primeira vez, não. Então ele é o cara que fica com a mocinha no final. Bem, devemos dar a ela uma nova chance? - Sim, acho que sim. Ela nos perdoará com o tempo. - disse Lilica. - Sim - disse Presuntinho. - Oui - disse Fifi. - Mas o que faremos com toda essa tranqueira? - perguntou Lilica. Um brilho ameaçador surgiu nos olhos de Perninha. - Vocês sabem, Valentino não mora muito longe daqui. E o esquadrão-bomba espreitou pela noite... O FIM ------------------------------------------------------------------------ Tradução para o Português por Millennium Coyote (roger_coyote@yahoo.com) 1o. Edição, 09 de maio, 2000.