Uma Questão de Fidelidade Uma Fanfiction de Animaniacs/Tiny Toon Adventures Escrito por: Corajoso Warner (asborges@iag.usp.br) 24 de maio, 1999. Baseado na fanfict escrita em 1994 por Mike Cote, "A Really Very Special Tiny Toon Adventures Thanksgiving...I guess" Tiny Toon Adventures & Animaniacs character names, and all related indicia are Copyright 1993 by Warner Bros., Inc., a Time Warner company. ------------------------------------------------------------------------ UMA QUESTÃO DE FIDELIDADE 1- O CONVITE. Era Novembro em Acme City, e as pessoas pensavam em como iriam desfrutar os quatro dias de ação de graças. Muitos planejavam visitar os parentes distantes, alguns se preparavam para um jantar íntimo com a família, e outros, simplesmente não tinham o que fazer. - Ei, Perninha, você tem algum plano para Ação de graças? Disse Lilica, alcançando seu namorado pelos corredores da Looniversidade Acme. - Bem... Não. Respondeu o coelho, sem pensar nas consequências que uma resposta poderia trazer. Pois obviamente, era exatamente o que Lilica queria ouvir. Ela deu um pulo de alegria. - Grande! Então você pode vir para minha casa e pode jantar com meus pais e avós e tias e tios e primos...! Perninha se bofeteou tão forte quanto ele pôde. -Eu sabia que eu deveria ter dito sim. - Eu ouvi isso! Afinal, O que tem você contra minha família? - Bom, é que toda vez eu vou vejo sua família eu sempre me sinto como se estivesse sendo julgado pelo que eu faço ou deixo de fazer! - Bobagem, você faz isto parecer uma coisa ruim - Lilica aproveitou para dizer - Você sabe qual seu problema? Minha família só quer o melhor para mim, e você tem medo que não possa satisfazer esses padrões. - Não é isso! Perninha parou de andar e falou em um tom mais aquecido. - Bem, então qual é o problema? - Nenhum problema! O que me importa é que eu seja bom suficiente para você. - E quem disse que você é bom o suficiente? Disse ela em tom de deboche. - Bom, ao menos é o que as outras garotas dizem. - Ah! Acredito. - Estou falando sério, já pensou em quantas outras cobiçaram essas orelhas azuis? - Humpf! Como se eu tivesse muito com o que me preocupar. Lilica continuou a andar, indo em outra direção. E Perninha sentiu que a piadinha acabou saindo um pouco fora de propósito. Mas não era nada que abalaria a relação entre os dois. Perninha achou melhor não ir atrás da menina, e resolveu dar uma passada na cantina. Lá ele se sentou ao lado de Plucky, que batia a cabeça repetidamente sobre a mesa. - Pois é Plucky, não posso mais dizer que você não bate bem da cabeça. Plucky parou de bater a cabeça dele momentaneamente - Eu há pouco fiz algo realmente estúpido! Perninha não pode se conter -Você diz como se isso nunca tivesse acontecido. -É verdade... Fiz muita coisa estúpida, mas essa merece um prêmio. A Leiloca me perguntou se eu iria fazer alguma coisa neste feriado... - ...E você disse não, ai se deu conta de que caiu em uma armadilha. E por mais que pudesse tentar, jamais poderia escapar. - Quer dizer que a Lilica também te convidou? Que mundo pequeno... Quer se juntar a mim batendo a cabeça na mesa? - Vá em frente, você já estava quase acabando de rachar essa mesa mesmo. Plucky retornou a bater a cabeça, e nesse meio tempo Presuntinho se sentava a mesa, com um grande sorriso estampado em seu rosto. Os dois olharam para ele com curiosidade, enquanto ele puxava um sanduíche de carne de sua mochila. - Pelo visto você tem o que fazer nesse feriado. - Ah sim! Todos os anos minha família se reúne no dia de ação de graças. Parentes de toda a parte aparecem para festejar. Mas esse ano será especial, convidei a Fifi para passar esse dia na minha casa. -É... Acho que ela também caiu na armadilha.- Plucky disse para Perninha. Mudando de cena, vemos Fifi em alguma parte da Looniversidade, batendo com a cabeça na parede. - Tonta, tonta, tonta! Voltando a cena da cantina... - Que bom Presuntinho, aposto que ela esta eufórica de tanta alegria.- Disse Perninha Enquanto isso, Lilica se encontra com Leiloca na frente da sala de conferências, onde haveria uma palestra com Dot Warner. Dot, junto com Slappy Esquilo e o Pica-Pau, iriam usar seus talentos incomuns para ajudar na melhoria da sociedade. Realmente, imperdível. Dot chegou um pouco atrasada, e estava visivelmente com raiva. Aparentemente por ter sido posta nesse circuito de conferências graças a política de cortes de despesas da Warner Bros. que não podia continuar gastando despesas com a torre d'água sem ter algum retorno. Mas hoje ela tinha outro motivo para estar chateada. - Homens... Quem entende? Só porque os convidamos para passar um dia de ação de graças juntos, não é motivo para eles saírem correndo fazendo um buraco na parede. Lilica se divertiu com a situação, e foi solidária com a pequena menina - Acho que posso entender claramente o que você esta passando. Leiloca ainda concluiu - Eu quem diga. - Ela também estava um tanto magoada pela reação do Plucky ao receber seu convite. Dot disse - Hum. Como se você não fosse uma garota de sorte. - e com os olhinhos brilhando conclui - Ah! Se eu tivesse aquelas orelhas azuis só para mim...- Por fim, ela dá um suspiro. Lilica ficou um pouco com ciúmes, ainda mais pelo que o Perninha havia dito meia hora atrás. Será que realmente outras garotas estão dando em cima de seu coelho azul? Lilica procurou aparentar calma, como se não tivesse levado em conta aquela insinuação. - Não seja tão cruel com si mesma, certamente alguém com um mínimo de dignidade aceitaria o seu convite. Dot aproveitou a deixa, - A propósito, já faz um bom tempo que a gente não se fala não é mesmo? Que tal aparecer lá em casa, aliás, lá na torre essa noite? Lilica não tava muito afim de ir, e tentava arranjar uma desculpa, mas antes que pudesse achar uma boa... - Legal! Então nos vemos mais tarde? Aproveite para trazer o Perninha junto, aposto que meus irmãos também querem trocar algumas idéias com ele. Com uma nítida cara de desânimo ela diz - É claro... - Feito o convite, Lilica se pergunta, - Será que Dot não esta fazendo esse convite com segundas intenções? Bobagem... - Não seria certo pensar assim das outras pessoas, mesmo que seja alguém como a Dot. 2- O ENCONTRO Naquele final de tarde, o casal de coelhos estavam ao pé da torre e discutiam. - Lilica, existem certas ocasiões em que você tem que dizer não! - Ora, que mal pode haver? Claro, tirando o fato que eles se comportem estranhamente e que vivam numa torre d'água, esta tudo bem.- Em seguida ela diz -Não seria de tão ruim se ao menos eles colocassem um elevador aqui. - Não vejo problema nisso, afinal, nós moramos em uma toca debaixo da terra. Só não gosto da liberdade com que eles tratam a gente, metendo seus narizes vermelhos onde não são chamados. - Eles só querem nos tratar com carinho. - Pois é, Felícia também diz o mesmo! A coelha continuou a subir as escadas, mas não pode disfarçar um ar de apreensão. Seja como for, era tarde demais. Lá estavam os dois de frente para a porta de entrada. - Onde fica a campainha? - Pergunta Lilica. Perninha se adianta e bate na porta. Nenhum sinal. -Não atendem, acho que não tem ninguém. Vamos embora. Justo quando concluía sua frase, a porta se abriu violentamente, acertando a cara do coelho que deixou uma marca em relevo gravada no metal. Era Yakko que cumprimentava, - Olá... Coelhinha! Puxa, você realmente esta linda, não que nunca tivesse sido antes, mas hoje esta deslumbrante. Ela deu um sorriso em agradecimento ao elogio, embora tenha achado um pouco fora do comum, afinal não era o tipo de coisa que uma garota esperaria de Yakko. - hmm..hmmm...hmmm - Oi Perna! Não tinha te visto. Vejo que você já reparou na porta. Bastante maciça não é mesmo? Se bem que falta por um óleo nas dobradiças.- continuando ele diz, -Ei! O que estão esperando? Vamos entrando. Wakko já deve estar chegando com os burritos. Os dois entraram, Perninha ainda estava meio atordoado devido a pancada. Eles ficaram espantados com o interior da torre, umas cem vezes maior do que se podia imaginar visto de fora. Podia-se ver uma colina, lago e uma montanha russa lá dentro. Mas apesar da grandeza, o lar destes três era a pura desordem. Yakko diz - Não reparem na bagunça, estamos...eh... pintando o teto. Perninha diz, - E vocês alcançam? - Feche a porta com o Wakko dentro após se empanturrar de almôndegas. Garanto que o único meio de fugir é subir pelas paredes e chegar ao teto. Nisso, aparece Dot, que acabava de dar uma volta na montanha russa, - Mesmo após a ducentésima vez do dia, ainda assim é divertido! Ela cumprimenta seus convidados, - Sabia que vocês não recusariam meu convite - Ela deu um beijo no rosto de cada um. Mas Lilica ficou um tanto cismada, ela achou aquele beijinho um tanto caloroso demais. Wakko finalmente chega com um pacote na mão e um sombrero na cabeça. - Desculpem pela demora, fui detido pelo pessoal do departamento de imigração. - Por causa dos burritos? - Perguntou Yakko. - E por eu ter uma aparência estranha, eles concluíram que eu só poderia ser estrangeiro. Como eles mesmos disseram, "é esquisito demais para estar nesse mundo". Mas até que foi legal, acabei ganhando esse chapéu maneiro Dot tem fome e pergunta -Trouxe a comida? - Só o que não pude comer durante o caminho. - Vai ter que ser suficiente. - Yakko pega o pacote e leva até a cozinha. Lilica vai atrás - Espere que eu te dou uma mão. Perninha, por precaução, também se oferece para ajudar. Mas antes que pudesse ir à cozinha, foi impedido pela Dot. - Fique à vontade, deixe que cuidemos dos preparativos - Dot pegou delicadamente na mão dele e o levou para a sala. - Que tal falarmos sobre nós? - Que tal distrairmos jogando alguma coisa? - sugeriu Wakko. Dot não gostou muito da idéia, sua intenção era ficar à sós com o coelho. Mas não se conteve em dizer -Que tal o jogo do "diga a verdade"? Aposto que Perninha tem alguns sentimentos retraídos que ele gostaria de confessar. Perninha sentindo-se um tanto desconfortável diz, - Eh... Wakko! Você tem um Mega-Drive não tem? - Claro! Em algum lugar. - Excelente! Vamos procurar. E os dois saíram para procurar pela torre, deixando Dot sozinha na sala a pensar, "Como todo coelho, este vai não vai ser fácil de apanhar." Wakko também não estava muito entusiasmado, afinal, quando ele sugeriu em "jogar alguma coisa", ele se referia em jogar alguma coisa uns nos outros realmente. Na cozinha, Yakko também não estava tendo muita sorte. - Por que não fica uns tempos por aqui? Prometo cuidar bem de você. - Oh sim... Tenho certeza disso.- Disse ela, olhando para os telespectadores. - Passaríamos momentos divertidos juntos. Garanto que não iria se arrepender. Ah! Com licença, pode me passar o salame? Ela pega o salame com firmeza, e com brutalidade corta ele no meio com uma faca. - Foi alguma coisa que eu disse?, disse Yakko, um tanto intimidado. Enquanto isso, Wakko e Perninha reviravam a torre para procurar o jogo. Mas isso era só pretexto para que ficassem conversando. - Como vai indo Perna? Já tem algo planejado para esse próximo feriado? - perguntou Wakko. - Até hoje pela manhã, não. Agora tenho um compromisso com a família da Lilica. - É por isso que você anda meio chateado? - Deu pra notar? Mas não é bem isso...É outra coisa. Sem querer se envolver nesse assunto, Wakko tentou bolar em outra coisa para conversarem, foi quando ele encontrou uma coisa. - Ei! Olha o que achei! - disse Wakko, enquanto puxava uma revista debaixo de um monte de roupa suja. - Não sabia que o Yakko era dessas coisas. - dizia ele enquanto partia logo para ver o pôster. - Um momento Wakko! - interviu Perninha - Você não tem idade para ver essas coisas. - imediatamente ele puxou a revista das mãos dele. E sem que suspeitasse, a escondeu por debaixo da camisa. Dot chamou a atenção - Que bonito vocês dois hein? Visivelmente constrangidos, os dois procuravam dar explicações. - Não é bem isso...Não é exatamente isso que você esta pensando. - Me deixaram sozinha lá na sala para ficarem procurando por um vídeo game! - Hum? Ah! Claro... Nós já estamos indo é que... - dizia o coelho todo atrapalhado, até que Wakko veio com a salvação. - Aqui! Encontrei! Vamos nessa! Aliviados, os dois correram imediatamente para a televisão. Dot ainda aborrecida, foi atrás. Enquanto os dois se entretiam em seus combates e competições, Dot ficava atrás, batendo o pézinho no chão, e de vez em quando criticando com lições de moral. Mas os dois não davam a mínima atenção. Hora mais tarde, a refeição estava pronta. Não era bem o que podia-se chamar de refeição, havia muita coisa nada nutritiva. Desde os tipicos lanches, como cachorro quente, hambúrguer e pizza, até outras combinações extremamente bizarras. Seja o que for aquilo que havia sido servido, não importava naquela hora. Com a fome que eles estavam qualquer coisa era bem vinda. E devorada com grande satisfação. Minutos depois, todos estavam cheios. Demonstrando satisfação, Wakko solta um arroto dos mais estrondosos. Àquela altura, os convidados não estavam mais dando a mínima, e seus irmãos, tão pouco. Todos estavam empanturrados, incapazes de se levantarem. Lilica não queria ser indelicada, mas já era tarde. - Bom gente, acho que é hora de irmos embora. Antes que um dos três começasse o ritual do "fique mais um pouquinho", um forte trovão foi ouvido, e uma chuva pesada começou a cair. - Eh... Acho que vocês não vão sair tão cedo.- Disse Yakko, em sua tipica tranquilidade. - Não tem problema, vocês podem passar a noite aqui. Amanhã cedo vocês não tem aula mesmo, não precisam se preocupar em acordar mais cedo. - convidou Dot. Para completar, Wakko diz - Eu acho que vou explodir... 3- A NOITE NA TORRE. O casal de coelhos não tinha muitas opções. Por um lado seria indelicado recusar o convite, por outro, não havia escolha mesmo, a chuva não ia parar tão cedo. Sendo assim, a solução foi relaxar e aguardar pelas consequências. Ainda assim, esperaram a chuva passar enquanto assistiam bobagens na televisão. Mas ainda assim, a chuva não parava de cair, embora tenha diminuído um pouco. O jeito for ir pra cama. - Só tem um probleminha... Temos apenas uma cama de casal. Vamos ter que dormir todos juntos. - avisou Yakko. - Eu pensei que você dormissem em triliche. - Disse Lilica em tom de indagação. - E ainda o fazemos, só que nosso irmão "banheiro de emergência" cometeu um pequeno acidente. - Explicou Yakko - Ei! O que você esta insinuando? Já disse que foi suco de laranja que derramei quando tomei o café na cama. - Interviu Wakko. - Bom, E vai caber todo mundo? - Perguntou o coelho azul. - Claro! Somos apenas crianças, não ocupamos muito espaço. - Disse Dot. Convencidos de que não havia outro jeito, se conformaram em dormir todos juntos. - Se seu pai descobrir que dormimos juntos, só irão me sobrar os pés, que serão vendidos como amuletos da sorte. - disse Perninha para Lilica. - Não fique tão assim. Não é sempre que você pode dormir ao lado de uma garota tão atraente. - disse Lilica fazendo piadinha da situação. - Você acha a Dot atraente? Lilica cruzou os braços e o encarou, mas soube levar na esportiva. Mas Dot ouviu aquilo, e bem que pensou, "Atraente? Eu quem diga!" Não demoraram muito para ir à cama. Embora houvesse um único banheiro, os três irmãos estavam acostumados a entrarem juntos, não levando muito tempo para se arrumarem. Mas enquanto se arrumavam Perninha e Lilica esperavam do lado de fora. O coelho olhava para os lados, como quem procurava por alguma coisa. - O que houve Perninha? Perdeu alguma coisa? - Perguntou a garota. - Estou vendo se tem algum pessoal da sensura por aqui. Cinco numa mesma cama seria no mínimo um tanto sugestivo para um desenho. Não vai tardar para eles aparecerem e pregarem suas lições de moral. - Bobagem... Nenhum dos três ousaria tentar alguma coisa tendo os irmãos ao lado. Além disso, tirando o "Olá enfermeira" eles não fazem muita coisa. A não ser que você... Lilica parou e pensou, depois encarou Perninha de tal forma que ele se sentiu um tanto inconfortável. - Ouça bem orelhas azuis! Ouse tocar em um pelo cor de rosa meu, que eu o farei tomar cenoura por intra venosa! - Esbravejou a Coelha. Obviamente Perninha recebeu o recado, alto e claro. Não era o que ele esperava para uma primeira noite juntos. Como se houvesse sido propositadamente arranjado, o que aparentemente realmente foi, todos se deitaram na seguinte ordem: Wakko do lado direito da cama, ao seu lado estava Yakko que por sua vez ficou ao lado de Lilica, que certamente não dormiria sem o Perninha ao seu lado, mas ao lado dele estava Dot, no lado esquerdo da cama. Ela tentou justificar porque teria ficado ao lado do coelho, dizendo que dali estaria mais próxima do banheiro, e que costumava se levantar durante a noite. Wakko cochicha para Yakko - Por que sou o único a ficar sozinho? - Ora, você tem seu urso de pelúcia como companhia - responde Yakko. - É... Mas acho que não vai rolar um lance legal entre nós - disse em um tom sarcástico. Minutos depois, ouve-se outro trovão. Dot fica assustada - Me proteja Perninha, tenho medo dessas coisas. - foi dizendo enquanto se enfiava por debaixo do braço do coelho. Ele não notou segundas intenções, e viu que a menininha queria apenas se sentir protegida. Lilica não gostou nada daquela atitude. Tanta intimidade era para se suspeitar. - Olha, se você também tiver medo de relâmpagos, pode ficar tranquila porque tem um cara macho do teu lado. - Disse Yakko, com toda sua convicção, já segurando no braço da coelha. Lilica afasta aquelas mãos maliciosas e diz - Obrigada. Eu sempre soube que podia contar com a ajuda do Perninha. Yakko sentiu que a situação ficou meio chata, e virou-se para dormir, sem fazer mais tentativas naquela noite. E para piorar, ele teve que aturar as risadinhas do irmão que ria da sua cara. - Também tenho medo Yakkooo... Você me protege? - disse Wakko fazendo gozação. - Boa noite Wakko!!! 4- NO DIA SEGUINTE. Na tarde do dia seguinte, no pátio de entrada da Looniversiade Acme, Lilica questionava o comportamento do namorado na noite passada. - Como pode ser tão oferecido? ficou abraçado ao lado dela a noite toda! O que vocês fizeram enquanto eu estava dormindo? - Dormindo também. Ora, deixa de ser ciumenta. Você sabe que não foi nada demais. - Eu?! ciúmes? - Lilica assume uma posição mais agressiva. Na verdade, se repararmos bem, podemos ver uma pequena nuvenzinha de fumaça saíndo de suas orelhas. - É verdade, você tem medo que o coelho da sua vida saia com outras garotas.- Perninha sem tomar conta da gravidade da situação, ainda fazia piada. - Você se acha bom o suficiente para mim, não é mesmo! Pois saiba que apenas te aturo ao meu lado. Nenhuma outra iria arriscar sair com alguém como você! Isso realmente aborreceu o Perninha. Não era o tipo de coisa que Lilica diria dele, ela devia estar mesmo irritada para falar assim. Mas mesmo assim, não justificava a agressão. - Não sou obrigado a ouvir seus desaforos! - e assim ele foi embora, evitando maiores discussões. Lilica se sentou por ali, pensando nas consequências que suas palavras iriam trazer, quando os Warners apareceram para conversar. A coelha simplesmente olhou para Dot e pensou "A destruidora de casais felizes ainda tem a coragem de aparecer." Dot logo que chega pergunta - Oi! Você viu o perninha por ai? Ontem a noite ele disse que iriamos decidir a custódia de nossa filha. - Filha? Quanto tempo eu dormi afinal? - Disse ela sem entender o que se passava. - Nossa filha Jéssica! - Dot puxou uma boneca de pano de dentro de uma bolsa. - Ele disse que não se importava em me fazer companhia enquanto eu brincava durante a noite. Yakko não pode evitar de perguntar, - Não sabia que você brincava com bonecas. - Eu também, não sabia que você também era disso. - Psiu! Esse é um programa de família. - Disse Yakko, tentando disfarçar constrangimento. - Então quer dizer que você não pretendia nada demais com ele? - Indagou Lilica, envergonhada do que havia pensado. - Bem, ele cuidou muito bem de mim ontem a noite. Apesar da diferença de quase 10 de idade. Naquele momento, tudo estava claro para ela. Não passava de uma falsa desconfiança. Mas ainda não era tarde para reparar o erro, sendo assim, ela deixou os três e foi atrás do pobre coelho. Ele estava sentado em um banco de praça, ali nas proximidades. Estava de cabeça baixa, aborrecido com a discussão. Ali perto, podia-se ver Plucky andando e resmungando, - Pato tonto, tonto. Porque não disse sim, sim, sim! Plucky faz uma pausa, pensa bem e continua - Mais tonto ainda por aparecer menos de dois minutos nesse episódio! Só falta não me pagarem caché! Pato tonto, tonto, tonto. Porém, isso não vem ao caso nessa história. Lilica sentou-se ao seu lado, pega delicadamente na mão do coelho e pede perdão, - Sei que fui rude. Mas agora esta tudo esclarecido, tudo não passou de um engano. - E quanto essa de eu não ser bom suficiente pra você? É isso que mais me aborrece. - Não seja tolo... É claro que você não é bom suficiente para mim. ninguém mais é. Acho que sou exigente demais. - Ela o abraçou e Perninha deu um sorriso. - O que importa é que eu gosto de você, e sempre estarei ao seu lado. De longe, os Warners observam o momento de união dos dois coelhos. - O amor não é uma maravilha? - disse Dot, com lágrimas nos olhos. - Isso só quando é bem correspondido - disse Yakko, sentindo-se um tanto solitário. Mas para sua alegria, um linda coelha alta, de orelhas compridas, provavelmente do time de basquete da Looniversidade, passou ao lado. O que faz Yakko concluir - É. Mas sempre há uma nova oportunidade. Wakko e Yakko gritam - Olá enfermeira jogadora de basquete! Os dois correm atrás, deixando a irmã que diz a si mesma, - Homens... Puro instinto. FIM RODA DA MORALIDADE: Wakko, Yakko e Dot estão correndo pelo parque, quando são surpreendidos por Perninha e Lilica que os lembra: Lilica: "Ei! Esperem!" Perninha: "Esta na hora de novo!" Wakko: "Na hora de criticar a equipe de dublagem?" Dot: "Na hora de conhecermos a namorada inflável do Yakko?" Yakko: "Ou na hora da Dot sofrer um acidente?", dirigindo-se para ela. Lilica: "Não gente... Esta na hora da roda da comédia!" Perninha: "Acho que não é bem essa roda, Lilica." "Ah sim! É a...", e agora dizendo os dois juntos, "Roda da Moralidade!" Perninha: "Roda da moralidade, gire gire gire, diga-nos a lição que devemos aprender." E a roda girou até cair em um número, em seguida a impressora ao lado imprimiu a moral do dia. Lilica anuncia, "E a moral de hoje é...". E os dois coelhos lêem juntos, "Fique de olho na sua irmã, pois tem um monte de cara de olho nela!". E Perninha conclui "...A não ser que ela seja uma baixinha gorducha, cabeçuda e com o rosto cheio de espinhas." Dot: "Gee-hee. Vou tomar isso como um elogio." Yakko: "Acho que não foi bem essa a intenção..." Wakko: "Você é novinha demais para ter espinhas na cara." Antes que Dot pudesse responder à provocação, todos tiveram que sair correndo. Ralph estava logo atrás com uma rede na mão, tentando capturar os Warners. GAG FINAL (APÓS EXIBIÇÃO DOS CRÉDITOS) Na torre d'água, a porta se abre. Dot vestida como Lilica pergunta para o Perninha, "O que acha? Minhas orelhinhas ficam melhor em pé ou deitadas?" O coelho simplesmente desvia seu olhar para Lilica, que esta ao seu lado, vestida como Dot. "Grrr... Eu é que sou a mais bela!", diz ela em tom agressivo para Dot. Dot também não gosta da imitação e vira-se de costas, franzindo a testa e fazendo bico. A porta da torre se fecha.